Segundo uma nota do bispado de Chillán, no Chile, o processo administrativo pedido pelo Vaticano ao administrador apostólico da diocese contra Salgado em 29 de outubro de 2018 já está concluído.
O processo criminal administrativo, além da denúncia que deu origem à causa, incluiu duas outras queixas e vários testemunhos que levaram a condenar o padre de abuso sexual contra menores.
A decisão de retirar o estatuto clerical do padre foi autorizada pela Congregação para a Doutrina da Fé, que estudou a documentação do processo criminal e as informações enviadas pela diocese de Chillán, cidade localizada a 403 quilómetros ao sul de Santiago.
A investigação canónica foi enviada à Santa Sé em meados de 2018 e depois a Congregação para a Doutrina da Fé revogou a prescrição dos possíveis crimes cometidos entre 1985 e 1991, disse o bispado de Chillán.
Gregorio Osvaldo Salgado já foi notificado da punição imposta e agora tem 10 dias para solicitar a revogação ou alteração da penalidade.
O bispado de Chillán indicou que "lamenta profundamente" os danos que esses eventos causaram às vítimas e aos fiéis, e instou as restantes comunidades eclesiásticas a "continuar o trabalho por uma cultura de cuidado e prevenção".
Segundo dados do Ministério Público, existem 166 casos abertos sobre abusos no clero chileno, enquanto as vítimas totalizam 248, das quais 131 eram menores quando sofreram os crimes.
As pessoas relacionadas investigadas ligadas à igreja são mais de 200, incluindo 10 bispos, 152 sacerdotes, nove diáconos, 15 leigos, oito pessoas sem informação disponível e 27 pertencentes a ordens ou congregações sem serem clérigos.
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