O papa falava durante a beatificação de sete bispos greco-latinos torturados pelos comunistas na Roménia, escreve a agência Efe.
No último dia na visita ao país, o pontífice deslocou-se a Blaj (centro), sede da Igreja greco-católica para declarar beatos estes bispos, que, como muitos outros, foram perseguidos, presos e torturados até à morte, durante a II Guerra Mundial.
“Os novos beatos sofreram e deram a sua vida, opondo-se a um sistema ideológico que rejeitava a liberdade e coartava os direitos fundamentais da pessoa”, disse Francisco após a beatificação, perante milhares de fiéis que assistiram à cerimónia.
O papa arremeteu contra os sistemas políticos ou sociais que dão prioridade “aos interesses particulares, rótulos, teorias, abstrações e ideologias” por cima do bem-estar do povo.
Neste sentido lançou uma advertência dirigida ao presente: “Também hoje reaparecem novas ideologias que de forma subtil procuram impor-se e desenraizar os nossos povos das suas mais ricas tradições culturais e religiosas”.
“Colonizações ideológicas que desprestigiam o valor da pessoa, da vida, o casamento, a família, e minam, com propostas alienantes, tão ateias como no passado, especialmente os nossos jovens, deixando-os desprovidos de raízes para crescer”, afirmou.
O líder da igreja católica acrescentou: “Tudo se torna irrelevante se não serve aos princípios e interesses imediatos, empurrando as pessoas a aproveitarem de outras e a tratá-las como meros objetos”.
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