De acordo com o INE, dos 225 hospitais que, em 2015, existiam em Portugal, 114 pertenciam aos serviços oficiais de saúde (110 hospitais públicos e quatro em Parceria Público-Privada) e 111 eram privados (49,3%).
Enquanto no continente a maioria dos hospitais pertencia ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), nas regiões autónomas predominavam os hospitais privados: três hospitais públicos e cinco privados nos Açores e três hospitais públicos e seis privados na Madeira.
Em 2015, foram realizados cerca de 7,3 milhões de atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais, 84,8% dos quais em hospitais públicos ou em PPP.
Nos hospitais privados, os atendimentos nos serviços de urgência mais do que duplicaram entre 2005 e 2015, passando de 7,1% para 15,2%.
A doença motivou a maioria dos atendimentos nos serviços de urgência dos hospitais (81,5%).
Os dados do INE indicam ainda que, em 2015, continuaram a aumentar as camas de internamento nos hospitais privados.
Nesse ano, existiam 35.223 camas disponíveis e apetrechadas para internamento imediato de doentes, das quais 68,2% em hospitais públicos ou em PPP (24.027) e as restantes 31,8% em hospitais privados (11.196).
Enquanto os hospitais dos serviços oficiais de saúde registavam, em 2015, aproximadamente menos 4.500 camas de internamento do que em 2005, no mesmo ano verificava-se o aumento de camas nos hospitais privados.
“Quase 90% das camas de internamento dos hospitais públicos ou em PPP no ano de 2015 encontravam-se em enfermarias”, enquanto nos hospitais privados a percentagem de camas de internamento em enfermarias, apesar de maioritária, era inferior a 55%.
Nos privados, “os quartos semiprivados e privados representavam cerca de 40% das camas de internamento (4.629)”, enquanto nos hospitais públicos não vão além das 286 camas.
O INE refere que as especialidades com maior número de consultas médicas na unidade de consulta externa dos hospitais públicos ou em PPP foram a Oftalmologia, seguindo-se a ginecologia-obstetrícia, a cirurgia geral e a ortopedia. Nos privados, foram a ortopedia, a oftalmologia e a ginecologia-obstetrícia.
Ainda em 2015, foram realizadas nos hospitais portugueses 911 mil cirurgias e cerca de 189 mil pequenas cirurgias.
“Cerca de 73% das cirurgias (exceto pequenas cirurgias) foram realizadas em hospitais públicos ou em PPP, das quais 84,2% foram programadas, ou seja, decorrentes de admissões programadas”, lê-se na nota do INE.
Em relação aos hospitais privados, as cirurgias programadas tinham um peso maior: 97,3% do total de cirurgias em 2015.
O mesmo documento aponta para 140 milhões de atos complementares de diagnóstico nos hospitais portugueses, em 2015.
Perto de 92% destes atos foram realizados em hospitais públicos ou em PPP, o que representa um reforço do peso percentual em relação ao ano 2014 e contrasta com a diminuição dos atos complementares de diagnóstico realizados pelos hospitais privados: de 12,8 milhões em 2014 para 11,8 milhões em 2015.
Pelo contrário, foram sobretudo os hospitais privados que aumentaram o número de atos complementares de terapêutica realizados, passando de 6,1 milhões em 2014 para 6,8 milhões em 2015.
Nesse ano, foram realizados cerca de 23,7 milhões de atos complementares de terapêutica, principalmente em hospitais dos serviços oficiais de saúde (71,3%).
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