
O SS United States, um navio com 302 metros de comprimento e que bateu o recorde de velocidade transatlântica na sua viagem inaugural em 1952, está a ser rebocado para Mobile, no estado de Alabama, para os trabalhos de preparação antes de ser afundado na costa do Golfo da Florida.
A mudança ocorre cerca de quatro meses depois de a associação que tutela o navio e o seu proprietário terem resolvido uma disputa de aluguer que durava há anos.
As autoridades planearam inicialmente a transferência do navio em novembro passado, mas esta foi adiada devido a preocupações da Guarda Costeira dos EUA de que o navio não era suficientemente estável para fazer a viagem.
As autoridades do condado de Okaloosa esperam que o navio se torne um destaque entre os mais de 500 recifes artificiais do condado e uma atração de mergulho que poderá gerar milhões de dólares anuais em receitas turísticas locais para lojas de mergulho, barcos de pesca e hotéis.
As autoridades adiantaram que o acordo para a compra do navio pode vir a custar mais de 10 milhões de dólares. Prevê-se que o longo processo de limpeza, transporte e afundamento do navio demore pelo menos um ano e meio.
O SS United States foi outrora considerado um farol da engenharia americana, sendo também um navio militar que podia transportar milhares de tropas.
Na sua viagem inaugural bateu o recorde de velocidade transatlântica em ambas as direções ao atingir uma velocidade média de 36 nós, pouco mais de 66 quilómetros por hora.
O navio, maior ainda que o célebre Titanic, atravessou o Oceano Atlântico em três dias, 10 horas e 40 minutos, superando o tempo do RMS Queen Mary em 10 horas.
Até hoje, o SS United States detém o recorde de velocidade transatlântica para um navio transatlântico.
“O navio simbolizará para sempre a força, a inovação e a resiliência da nossa nação”, afirmou Susan Gibbs, presidente da SS United States Conservancy e neta do arquiteto naval que concebeu o navio.
“Desejamos-lhe 'bons ventos e mares tranquilos' na sua viagem histórica para a sua nova casa”, acrescentou.
O SS United States tornou-se um navio de reserva em 1969 e, mais tarde, passou para vários proprietários privados que esperavam remodelá-lo, que acabaram por achar os seus planos de renovação demasiado caros ou pouco oportunos, deixando o navio a pairar durante anos na zona ribeirinha do rio Delaware, a sul de Filadélfia.
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