Segundo informações prestadas à agência Lusa por Paulo Mirpuri, presidente do grupo Hi Fly, o proprietário da Mesa, as obras começaram este mês, com o processo de limpeza do terreno, e deverão durar 18 meses.
A Mesa vai investir 30 milhões de euros na construção do hangar, que deverá começar a funcionar "no 4.º trimestre de 2020" e criar 150 postos de trabalho ao longo dos três primeiros anos de atividade, acrescentou.
O hangar irá servir para manutenção de base da frota de aviões airbus da companhia aérea Hi Fly - que também pertence ao grupo Hi Fly e, desde 2016, usa o aeroporto de Beja para estacionamento e manutenção de linha dos seus aviões - e de aviões de vários modelos airbus de outras companhias aéreas com contrato de manutenção com a Mesa.
O projeto inclui a construção de um hangar, oficinas e arranjos exteriores, com uma área total de 9.500 metros quadrados, um centro técnico com capacidade para aviões de grande porte, nomeadamente os modelos airbus A319, A320, A321, A330, 340 e A380.
De acordo com Paulo Mirpuri, a Mesa decidiu construir o hangar em Beja porque, atualmente, é "o único" aeroporto português que "pode acomodar todos os tipos de aeronaves que constituem a frota da Hi Fly, incluindo o airbus A380", o maior avião comercial do mundo, e "tem espaço disponível" para estacionamento de aeronaves e instalação de hangares.
"Com o acréscimo da capacidade" de manutenção, através do novo hangar no aeroporto de Beja, a Mesa espera "não só acompanhar o forte crescimento da frota da Hi Fly como captar novos clientes oriundos principalmente da Europa e de África", disse.
Paulo Mirpuri adiantou que o desenvolvimento e a expansão da atividade da Mesa vão incluir também "um novo centro logístico de suporte às atividades acrescidas de manutenção", cuja localização "será anunciada no 2.º semestre deste ano" e poderá ser em Lisboa, Palmela ou Beja.
Segundo o administrador da ANA - Aeroportos de Portugal Thierry Ligonnière, o projeto da Mesa "corresponde ao objetivo" da empresa gestora "de desenvolver o aeroporto de Beja e o seu potencial enquanto unidade para atividades a montante ou a jusante da aviação e atividade aeroportuária".
O projeto "materializa a aposta" da ANA na implantação de atividades de manutenção e desmantelamento e no desenvolvimento do segmento de estacionamento de média-longa duração de aviões no aeroporto de Beja, segundo Thierry Ligonnière.
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