De acordo com a agência espanhola de notícias, a EFE, que cita uma fonte do grupo palestiniano Hamas, os mediadores estão à espera da chegada a Doha de uma delegação israelita, possivelmente chefiada pelo líder da Mossad, David Barnea, para “a sua aprovação das alterações finais” ao texto do acordo.
O último projeto estipula, numa primeira fase, a retirada total das tropas israelitas do Corredor de Filadélfia – a fronteira entre a Faixa de Gaza e a Península do Sinai, no Egito – bem como a retirada “parcial” de diferentes pontos do enclave palestiniano.
Durante este período, as forças israelitas serão autorizadas a manter “postos de controlo” em Gaza, enquanto no último dia da terceira fase, as forças de ocupação deverão efetuar “uma retirada total” do enclave.
Esta fonte da EFE não entrou em pormenores sobre a proposta e disse que a grande maioria das divergências sobre a troca de reféns em Gaza por prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas tinha sido resolvida, embora advertindo que existem “discrepâncias” nalguns pontos e sobre a própria redação do acordo.
Estes desenvolvimentos surgem após semanas de impasse nas negociações e na sequência de uma visita a Doha, na sexta-feira, de Steve Witkoff, enviado especial do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para o Médio Oriente, que discutiu com as autoridades do Qatar os progressos nas conversações das tréguas.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Witkoff reuniu-se com o chefe da diplomacia do país árabe, Mohammed bin Abderrahman.
Trump, que tomará posse a 20 de janeiro, tem insistido que quer acabar com as guerras em que os Estados Unidos estão envolvidos, como a de Gaza, e ameaçou o Hamas de transformar a Faixa num “inferno na terra” se não libertar os reféns até essa data.
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