Num comunicado, a organização – considerada terrorista pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Reino Unido – adiantou ter mesmo transferido alguns dos reféns para outros centros médicos para que possam ser assistidos “devido à gravidade do seu estado de saúde”, que atribui aos ataques do exército israelita.
Segundo o documento, um dos reféns — identificado pelo nome, apelido e número de identificação — recebeu “cuidados intensivos” num hospital e, depois de recuperado, foi transferido de volta para o seu local de cativeiro onde, segundo a al-Qasam, morreu em consequência de “ataques de pânico que sofreu em resultado de repetidos bombardeamentos em torno do seu local de detenção”.
As Brigadas al-Qasam acrescentam que irão publicar material sobre esta questão, sem fornecer mais pormenores.
Por outro lado, a ala política do grupo islamita acusou Israel de “cometer genocídio” no hospital Al Shifa, que as tropas israelitas invadiram recentemente, após dias de cerco durante os quais o hospital ficou sem eletricidade e foi obrigado a suspender praticamente todos os serviços.
O comunicado do Hamas surge 48 horas depois de Israel ter anunciado a descoberta dos corpos de dois reféns perto do hospital de al-Shifa, uma soldado de 19 anos e uma mulher civil de 65 anos, ambas raptadas a 07 de outubro, juntamente com, estima-se, mais de 240 outras pessoas.
As forças israelitas prosseguem as operações militares, que descrevem como “precisas e seletivas” em Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza.
De acordo com Israel, o Hamas esconde-se no mesmo complexo médico e nos ambientes do que seria o seu principal centro militar no enclave, o que o grupo islamita também nega.
O ataque do Hamas a Israel de 07 de outubro causou mais de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A ofensiva militar israelita que se lhe seguiu provocou mais de 11.500 mortos na Faixa de Gaza, de acordo com o grupo islamita palestiniano.
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