“Neste momento vivemos no Golfo uma situação de grande tensão, como é sabido. Disse há dois dias que é preciso que todos tenham nervos de aço. É absolutamente indispensável evitar qualquer escalada”, disse António Guterres, à margem da Conferência Mundial de responsáveis pela Juventude, que terminou hoje.
“O mundo de hoje não pode suportar uma confrontação no Golfo, que teria consequências imprevisíveis”, afirmou.
O clima de tensão entre o Irão e os Estados Unidos dura há bastante tempo, mas a crispação tem aumentado desde que Donald Trump retirou os Estados Unidos, há um ano, do acordo nuclear internacional assinado em 2015 entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China (mais a Alemanha) – e o Irão, restaurando sanções devastadoras para a economia iraniana.
No sábado, Donald Trump, admitiu que o uso da força contra o Irão “está sempre em cima da mesa”. Esta declaração surgiu depois de, na quinta-feira, ter havido a confirmação de que o Irão tinha abatido um drone americano – que, segundo Teerão, violou o espaço aéreo nacional, mas, de acordo com Washington, estava em espaço aéreo internacional.
Donald Trump anunciou, como retaliação, um ataque contra três locais no Irão, o qual foi abortado, à última hora, segundo Trump para evitar um elevado número de mortos.
Na sexta-feira, os Estados Unidos pediram a realização de uma reunião à porta fechada do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para falar sobre os últimos desenvolvimentos relacionados com o Irão, o que deverá acontecer na segunda-feira.
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