Amir Yaron disse hoje, numa conferência universitária, que as despesas de segurança são significativas, relativas a despesas de defesa, manutenção, além da perda de receitas fiscais devido à ausência de trabalhadores recrutados, e representam “um elevado encargo orçamental” para o futuro de Israel.
“A guerra não deve trazer consigo um cheque em branco para despesas permanentes com a defesa e é preciso encontrar o equilíbrio correto”, alertou.
As estimativas do governador, que preveem este custo total até ao início de 2025, indicam que Israel precisará de cerca de 29 mil milhões de euros para satisfazer as necessidades de defesa do país, e de cerca de 9,5 mil milhões de euros para cobrir os custos de alojamento e outros serviços para os mais de 60.000 cidadãos retirados do sul e do norte do país.
O banco central hebreu prevê ainda 8,7 mil milhões de euros de perda de receitas fiscais devido à guerra e mais 5,7 mil milhões de euros para compensar os danos diretos do conflito.
O conselheiro de segurança nacional israelita, Tzachi Hanegbi, previu na quarta-feira que a ofensiva israelita irá continuar durante, pelo menos, sete meses, até conseguir “a destruição total das capacidades governamentais e militares do Hamas”, disse numa entrevista à rádio pública Kan.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos, segundo Israel.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, disse que a ofensiva lançada por Israel depois do ataque já provocou mais de 36.200 mortos e a destruição de muitas infraestruturas do enclave palestiniano.
Pelo menos 81.777 ficaram feridas no território palestiniano devastado, a maioria (cerca de 75%) mulheres e crianças, à medida que os bombardeamentos israelitas prosseguem.
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