“[…] Foi confirmado um foco de infeção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP), numa exploração de pequena dimensão com aves de capoeira de várias espécies”, nomeadamente, galinhas, patos e gansos, lê-se numa nota da DGAV.

Este foco localiza-se na freguesia de São João das Lampas e Terrugem, concelho de Sintra, distrito de Lisboa, onde, no início do mês já tinha sido detetada a gripe aviária.

As medidas de controlo, já implementadas, incluem a inspeção do local, a remoção dos animais afetados e a limpeza e a desinfeção.

Soma-se a restrição da movimentação e a vigilância das explorações com aves nas zonas de restrição (num raio de 10 quilómetros em redor do foco).

A DGAV pediu que todos os proprietários de aves cumpram as medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, de modo a evitar os contactos entre aves domésticas e selvagens.

Por outro lado, devem ser reforçados os procedimentos de higiene das instalações e equipamentos.

A notificação de qualquer suspeita deve ser comunicada à DGAV.

As aves de capoeira e em cativeiro, localizadas em Portugal continental, devem permanecer confinadas nos respetivos alojamentos devido à gripe aviária, evitando o contacto com aves selvagens, determinou a DGAV, na semana passada.

No início do mês, foi detetada gripe das aves numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, tendo sido aplicadas as medidas de controlo. Todas as galinhas poedeiras que integravam esta exploração (55.427) foram abatidas.

No mesmo dia em que foi confirmado o caso em Sintra, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo.

Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.

Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.

A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.