“Como contivemos a primeira vaga do vírus, estamos agora prontos para passar à segunda fase, uma redução progressiva das medidas” de confinamento, declarou Mitsotakis num discurso televisivo.
A partir da próxima segunda-feira “as restrições às deslocações dos cidadãos serão revogadas” ao nível do distrito e algumas lojas e serviços administrativos poderão reabrir, adiantou o chefe do governo.
Mitsotakis alertou, no entanto, que não se trata do “fim desta desventura” e pediu aos gregos para continuarem a ser responsáveis ao sair de casa, assinalando que a sua “prioridade é a saúde” dos cidadãos.
Com uma população envelhecida e um sistema de saúde fragilizado por uma década de crise financeira, a Grécia impôs o confinamento geral a 23 de março e foi menos afetada que muitos dos seus parceiros europeus pelo novo coronavírus (136 mortos em 2.534 casos de infeção).
Perto de 10% das lojas fechadas poderão reabrir a 4 de maio, incluindo livrarias, cabeleireiros, lojas de eletrónica e de artigos de desporto, bem como de jardinagem.
Nos transportes públicos, hospitais e cabeleireiros o uso da máscara será obrigatório, segundo o ministro adjunto encarregado da coordenação do trabalho do governo, Akis Skretos.
A atividade física será autorizada no exterior e no mar, mas as praias privadas continuarão encerradas para já.
A 11 de maio poderão abrir todas as outras lojas, exceto os centros comerciais cujo reabertura está prevista para 1 de junho, e voltarão às escolas os alunos do final do secundário.
Uma semana depois será a vez dos outros alunos do secundário e do superior, enquanto as aulas presenciais do ensino básico ainda não estão previstas.
A 17 de maio os fiéis podem voltar a assistir a missas nas igrejas, que estiveram fechadas mesmo durante a Páscoa ortodoxa.
Finalmente, a 1 de junho, retomarão a atividade os restaurantes e hotéis para tentar salvar a estação turística. O turismo é o grande motor da economia grega.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 212 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e a aliviar algumas das medidas.
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