"A missão hoje é tentar encontrar pessoas desaparecidas em terra e perto do mar", disse à agência Lusa Ramos Christos, coordenador de uma equipa da Proteção Civil que viajou de Thessaloniki, 450 quilómetros a norte.
O especialista em situações de crise afirmou ser "importante encontrar os desaparecidos para as famílias que estão ansiosas ficarem mais aliviadas".
O último balanço oficial comunicado pelo Corpo de Bombeiros grego dá conta de 82 mortos, enquanto o número de feridos hospitalizados é atualmente de 70, dos quais 11 em estado crítico.
Em curso está o processo de identificação dos mortos, entre os quais as autoridades admitem encontrar-se algumas das pessoas dadas como desaparecidas, tendo sido feito um apelo aos familiares para se deslocar ao Departamento de Ciências Forenses da Universidade de Atenas.
Ali, terão de fornecer amostras de ADN para comparar com o dos corpos recuperados, tendo pelo menos 10 destes já sido identificados.
As buscas estão a ser feitas em terrenos abertos, carros, pátios de casas e casas que foram destruídas pelo fogo em parte ou na íntegra, mas não nas casas que têm portas e janelas fechadas.
Grande parte das habitações de Mati ou Voutzas são usadas para lazer nas férias ou fim de semana, pelo que estariam desocupadas na altura.
Na povoação de Mati, onde o incêndio de segunda-feira teve mais impacto, é também visível a presença de polícia, elementos da Cruz Vermelha, militares e de empregados municipais, encarregados das operações de limpeza das ruas.
Os bombeiros gregos deram conta que ainda estão ativos 22 incêndios florestais em todo o país, tendo a situação melhorado na região montanhosa de Geraneia, a oeste de Atenas, onde continuam 228 bombeiros com 114 carros de combate.
Durante a hora do almoço, os dois aviões de combate a incêndio da Espanha mobilizados através do Mecanismo Europeu de Proteção Civil são esperados para dar assistência aos bombeiros gregos, enquanto Portugal disponibilizou 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB).
Comentários