“Certamente que haverá investimentos que precisarão de ser autorizados e que irão ser autorizados”, afirmou a governante.
Marta Temido falava aos jornalistas à margem da abertura da assembleia geral da Federação Europeia dos Reguladores da Medicina Dentária (Fedcar), a decorrer no Porto.
No início da semana, o diretor clínico do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho assumiu ter ficado “muito triste” por esta unidade hospitalar não integrar a lista dos dez hospitais contemplados pelo Governo com mais de 90 milhões de euros.
“Ficámos tristes quando vimos que havia 91 milhões de euros para os hospitais e o nosso não estava lá [na lista]”, disse, na altura, na cerimónia do primeiro aniversário da Unidade de Hospitalização Domiciliária, onde estava a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte.
Face a isto, a ministra explicou que os hospitais do SNS que foram contemplados com esse investimento tinham projetos pendentes apenas por um “impulso final”.
“Este programa, projeto de investimento na área da Saúde, teve um objetivo muito específico que foi a rápida resolução de um conjunto de pedidos de investimentos que estavam, de alguma forma, a ser necessários há algum tempo e que estavam num estado de maturidade tal que apenas aguardavam uma decisão”, explicou.
Estes investimentos visavam resolver “um pacote de situações pendentes de despachos”, acrescentou.
O Governo reconhece que há outros projetos necessários e urgentes, mas na altura desta deliberação ainda não estavam “numa maturidade onde apenas precisavam de uma decisão”, sublinhou a titular da pasta da Saúde.
“Vila Nova de Gaia, Beja ou Algarve são alguns dos investimentos que não estão neste pacote porque quando foi decidido não estavam com os seus projetos num estado de maturidade em que apenas fosse necessário pô-los a andar”, sublinhou.
Apesar de reconhecer a sua necessidade, Marta Temido adiantou que estavam “ligeiramente atrasados”.
Na semana passada, o Governo anunciou que vão ser investidos nos próximos três anos em infraestruturas e equipamentos de dez hospitais do SNS mais de 90 milhões de euros.
Dos quase 91 milhões de euros a investir até 2021 em dez hospitais, 69,3 milhões de euros serão verbas do Orçamento do Estado e 21,3 milhões são financiados por fundos europeus.
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