"Haverá problemas de coordenação, de articulação e de sobreposição de pastas e pelouros. Com inevitáveis reflexos no processo de decisão e na capacidade de gestão global", previu o vice-presidente da Câmara de Cascais na sua conta oficial do Facebook.
Para o candidato à liderança do PSD, "a última coisa de que Portugal precisava era de um governo como este".
"Recordo, em contraste, que tivemos vários governos de coligação, todos com menos ministros e menos secretários de Estado do que este executivo monopartidário encabeçado por António Costa. Recordo também que o anterior governo do PSD, mesmo em tempo de grave emergência financeira, não necessitou de ser tão grande. Isto também contribuiu para dar respostas mais céleres e eficazes aos problemas. Tinham foco. Dando também um exemplo à sociedade portuguesa: com menos, foi possível fazer mais", assinalou.
Na opinião do antigo presidente da distrital de Lisboa dos sociais-democratas, "ao contrário do que se antevê agora, vai-se fazer menos com mais".
As eleições diretas para escolher o novo presidente do PSD realizam-se em janeiro e o Congresso em fevereiro, com as datas concretas a serem marcadas no Conselho Nacional de 08 de novembro, em Bragança.
Até agora, assumiram-se como candidatos à liderança do PSD o presidente Rui Rio, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
O Programa do XXII Governo Constitucional hoje aprovado em Conselho de Ministros apresenta uma estrutura semelhante à do programa eleitoral do PS, mas diferente da tradicional organização temática por ministérios que caracterizou programas de outros executivos.
Neste documento, com 191 páginas, é apresentado um capítulo com quatro objetivos de curto e médio prazo, denominado “Boa Governação: Contas certas e convergência, investimento nos serviços públicos, melhoria da qualidade da democracia e valorizar as funções de soberania”. Após este primeiro ponto, o programa está depois dividido por quatro áreas temáticas: alterações climáticas, demografia, desigualdades, e sociedade digital.
Após a aprovação, hoje à tarde, em Conselho de Ministros, o programa do Governo foi enviado por via eletrónica para a Assembleia da República e, conforme decidido em conferência de líderes, será discutido entre quarta e quinta-feira na Assembleia da República – calendário que mereceu a discordância do PSD.
O XXII Governo Constitucional, o segundo chefiado pelo atual secretário-geral do PS, António Costa, foi empossado hoje de manhã pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
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