“O Conselho de Ministros aprovou hoje a resolução que estabelece o caráter prioritário da concretização do projeto de investimento no Hospital Central do Alentejo”, pode ler-se no comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o Governo, o Hospital Central do Alentejo, a construir na cidade de Évora, é prioritário “enquanto projeto estruturante de investimento público previsto no Programa de Estabilidade 2018-2022 e no Orçamento de Estado para 2019”.
“O Hospital Central do Alentejo consubstancia uma iniciativa essencial para a obtenção de ganhos de racionalidade e eficiência no desempenho e funcionamento da rede hospitalar no Alentejo”, realçou o Governo, no comunicado final da reunião do Conselho de Ministros, realizada hoje.
O projeto, acrescentou, vai ter “importantes benefícios para as populações ao nível da modernização e da qualidade de prestação de cuidados de saúde”.
“A concretização deste projeto, cuja necessidade foi sinalizada em 2006, vem dar cumprimento ao Programa do Governo no que respeita ao reforço do desempenho do SNS [Serviço Nacional de Saúde], melhorando a equidade no acesso e a qualidade dos serviços prestados, numa perspetiva de proximidade aos cidadãos e em defesa do Estado Social”, pode ler-se no comunicado.
Fonte oficial do Ministério da Saúde, contactada hoje pela agência Lusa, adiantou que, na sexta-feira, a partir das 16:00, vai ser apresentado em Évora “o projeto de financiamento para o novo Hospital Central do Alentejo”.
A cerimónia, presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e na qual participam também os ministros da Saúde e do Planeamento e Infraestruturas, Marta Temido e Pedro Marques, respetivamente, vai ter lugar nas instalações do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE).
Em janeiro de 2018, em Évora, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo iria propor a dotação de 40 milhões de euros para o arranque da construção da nova unidade hospitalar, no âmbito da reprogramação do Portugal 2020.
Depois, em março do ano passado, o Governo determinou a constituição de um grupo de trabalho para a preparação e lançamento, num prazo de seis meses, do concurso público internacional do novo hospital, mas o procedimento concursal ainda não foi concretizado.
Quando o projeto do novo hospital central foi lançado, em 2010, no período de governação de José Sócrates (PS), a unidade estava projetada para ter uma capacidade de 351 camas, extensível a 440, num investimento previsto, na altura, na ordem dos 94 milhões de euros.
Em agosto de 2011, o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, no Governo PSD/CDS-PP, anunciou, em declarações à Lusa, que a construção do novo hospital iria ser reavaliada tendo em conta “a realidade do país”, voltando, em maio de 2015, a considerar avançar com o projeto, mas sem se comprometer com datas para o início da obra.
[Notícia atualizada às 20h55]
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