No final da reunião com o Conselho de Ilha do Corvo, no âmbito da visita estatutária que o executivo regional está a efetuar à ilha mais pequena e menos populosa do arquipélago, com cerca de 450 habitantes, Vasco Cordeiro destacou esta como uma das questões mais relevantes do encontro.
“Essa é uma das questões que me parece ser de realçar neste Conselho de Ilha, o facto de haver a assunção clara deste compromisso, o facto de estar já em execução esse compromisso quanto à elaboração do projeto para a ampliação da aerogare e, simultaneamente, para o quartel de bombeiros, uma vez que tendo em conta a localização dessas duas funcionalidades, o mesmo edifício serve as duas”, afirmou Vasco Cordeiro.
Questionado sobre a data de concretização da obra, uma das reivindicações do Conselho de Ilha, o chefe do Governo Regional assinalou que há “um planeamento e um faseamento de intervenções que têm a ver também com a tipologia da infraestrutura”, um aeródromo que “tem que se manter sempre em funcionamento”.
Vasco Cordeiro salientou, por outro lado, a deslocação de médicos especialistas à ilha, notando que “está já em cinco vezes mais o número de especialistas que foram ao Corvo do que aconteceu o ano passado e o dobro das consultas realizadas”.
Sobre a eventual prioridade dos utentes do Corvo em consultas de especialidade nos hospitais da região, o governante defendeu que “essas prioridades são matérias que têm a ver, desde logo, até com critérios médicos e não, propriamente, com o local de residência”.
“Temos trabalhado no sentido de facilitar os mecanismos de interligação entre os hospitais – e aí já não estamos a falar da deslocação de especialistas ao Corvo, mas sim as circunstâncias em que um corvino precisa de se deslocar a um hospital – para poder ser feita da forma mais célere possível e com um menor dispêndio de tempo”, adiantou.
Para Vasco Cordeiro, o trabalho em desenvolvimento nestas duas áreas cria “as condições para reforçar a coesão regional”.
O presidente do Conselho de Ilha, José Manuel Silva, mostrou-se muito satisfeito com as respostas do executivo açoriano, considerando que o que foi avançado vai ao encontro das principais reivindicações deste organismo consultivo que inclui autarcas e representantes dos sindicatos e associações empresariais, além de outras entidades ligadas ao ambiente, às pescas ou à agricultura.
Sobre a empreitada da aerogare e do quartel de bombeiros estar prevista para 2019, José Manuel Silva referiu ter “a noção de que os ‘timings’ e a burocracia não permitem, muito provavelmente, que antes” daquele ano a obra esteja em execução.
“Mas o facto de ser anunciado que será lançado o concurso para o projeto e o concurso para a execução logo a seguir já nos deixa bastante satisfeitos”, afirmou o também presidente da Câmara do Corvo, único município da ilha.
Confrontado com anúncio do Partido Popular Monárquico, com assento na Assembleia Municipal, de que vai impugnar a reunião de hoje por considerar a convocatória “absolutamente irregular”, José Manuel Silva respondeu que o Conselho de Ilha que reuniu com o Governo Regional “tem legitimidade para tal”.
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