"Após um período de observação de 42 dias sem novos casos confirmados e de acordo com os regulamentos internacionais de saúde, declaro a partir de hoje, dia 24 de julho de 2018, o fim do surto de Ébola na província de Equador, na República Democrática do Congo", disse o ministro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reagiu e felicitou o país e todos os envolvidos no combate ao surto.
"O surto foi contido devido aos esforços incansáveis das equipas locais, do apoio dos parceiros, da generosidade dos dadores e da liderança eficaz do Ministério da Saúde. Essa liderança, aliada à forte colaboração com os parceiros, salva vidas", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ao contrário do que acontecera em surtos anteriores, este ocorreu em quatro localidades diferentes, incluindo um centro urbano com ligações fluviais à capital, a países vizinhos, e a povoações florestais.
Este conjunto de condições levou a que as autoridades temessem que o surto se espalhasse para outras partes do país e para Estados vizinhos.
Horas após o surto ser declarado, no passado mês de maio, a OMS cedeu dois milhões de dólares (cerca de 1,70 milhões de euros) do seu Fundo de Contingência para Emergências, mobilizou uma equipa para o terreno e ativou um sistema de gestão de incidentes de emergência.
"A OMS agiu de forma rápida e eficaz", afirmou o diretor regional para África, Matshidiso Moeti.
Tedros Adhanom Ghebreyesus incitou o Governo da RDCongo e a comunidade internacional a aproveitarem o momento positivo gerado pela rápida contenção do surto.
"Esta resposta eficaz ao Ébola deve dar confiança ao Governo e aos seus parceiros de que outros surtos que afetam o país, como a cólera e o pólio, também podem ser enfrentados", exortou.
"Devemos continuar a trabalhar juntos, investindo na preparação e no acesso reforçados aos cuidados de saúde para os mais vulneráveis”, acrescentou.
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