A questão foi colocada na ronda de perguntas do CDS, na manhã de arranque do debate do programa do Governo, hoje, no parlamento, através do deputado Telmo Correia, que quis saber o que pensa António Costa sobre a morte assistida.
“No CDS somos contra. Qual a posição do Governo? Qual é a sua posição? Esta é uma questão fundamental, não é indiferente”, afirmou Telmo Correia, que também questionou o chefe do Governo sobre as forças de segurança ou suspeitas de irregularidades no SEF.
Passou quase uma hora, Costa respondeu a vários deputados, mas nada disse sobre as perguntas de Telmo Correia, o que levou a nova líder parlamentar centrista, Cecília Meireles, a questionar o presidente do parlamento, sobre se o primeiro-ministro não iria responder.
Ferro Rodrigues afirmou que “o primeiro-ministro é livre de responder ou não” às perguntas e que a avaliação do que diz ou não caberá a quem o ouve.
“Cada um tem a liberdade de responder às perguntas que quer", disse.
Cecília Meireles ainda argumentou que o chefe do Governo não pode só responder às perguntas "das bancadas da esquerda".
Vários projetos de lei sobre a morte medicamente assistida ou eutanásia foram chumbados na anterior legislatura, tendo o Bloco de Esquerda anunciada que iria colocar o tema no seu programa eleitoral e voltar a apresentar a proposta ao novo parlamento, o que já aconteceu.
Em 2018, enquanto secretário-geral do PS, Antóniop Costa admitiu ser favorável à eutanásia, mas, no momento da votação das leis, a bancada socialista teve liberdade de voto, havendo deputados a favor e contra os projetos.
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