A GNR esclareceu hoje que a situação vivida na quarta-feira por vários condutores que tiveram de fugir das chamas quando circulavam nas Autoestradas A1, A25 e A29, em Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, resultou da “evolução repentina do fogo”.
Segundo publicações nas redes sociais, vários condutores tiveram de circular em contramão para escapar às chamas, junto ao nó entre a A25 e A1 na zona de Albergaria-a-Velha.
Vários órgãos de comunicação social também divulgaram um vídeo feito por um repórter da TSF quando viajava na última noite na A1, pouco antes de esta via ser cortada ao trânsito, que mostra as chamas em ambas as bermas e muito fumo a cobrir a faixa de rodagem.
Questionado pela Lusa sobre a demora no corte daquelas vias, João Fonseca, porta-voz da GNR, disse que “a situação em causa resultou da repentina evolução do fogo que coincidiu com o momento em que houve a indicação para o corte da via, tendo sido alocados militares da Guarda para materializar os referidos cortes de via acima mencionados”.
“À hora dos vídeos em apreço, a GNR encontrava-se a monitorizar o estado do incêndio então em curso e a iniciar os procedimentos necessários à materialização dos cortes da via em apreço, entre outras, designadamente das Autoestrada nº 1 (A1), Autoestrada n.º 25 (A25) e Autoestrada n.º 29 (A29), para além de outras estradas nacionais”, refere o porta-voz da GNR, num email enviado à Lusa.
O incêndio deflagrou na quarta-feira à tarde, pelas 12:54, no lugar da Senhora da Ribeira, na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis, e a instabilidade do vento fez com que as chamas chegassem a Albergaria-a-Velha e Estarreja.
As autoestradas A1, A29, A25 e o Itinerário Complementar 2 (IC2) chegaram a estar cortadas devido ao incêndio. Pouco depois das 00:00, a circulação foi reposta na A25 e o no IC2 e cerca das 05:30 foi reaberta a A29 e a A1.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 18:30, o fogo, que lavra numa zona de povoamento florestal, estava a ser combatido por 383 operacionais, apoiados por 123 viaturas e dois meios aéreos.
Portugal continental está em situação de contingência até domingo.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
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