Assinala-se hoje o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, evocando a libertação, há 72 anos, do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, “símbolo máximo da barbárie e da desumanidade nazi”.
“Recordar este período negro da História da Humanidade é um dever de todos. Assegurar que não se repete é uma obrigação comum”, afirma o Governo, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
“Tanto maior quanto à nossa volta vemos surgirem manifestações de racismo, de xenofobia e de antissemitismo que questionam os valores da tolerância, da não discriminação, do respeito mútuo e da diversidade que devem caracterizar as nossas identidades nacional, europeia e universal”, refere o Palácio das Necessidades.
O Governo defende a necessidade de se ensinar o Holocausto nas escolas, para que não sejam menosprezados “os perigos que advêm do ódio, da discriminação, do racismo, da xenofobia, do antissemitismo e da intolerância”, que classifica como “fenómenos inaceitáveis” que devem ser combatidos “sem tréguas”.
“Enquanto membro observador na Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, Portugal reitera o seu compromisso de manter viva a memória do Holocausto e de continuar a educar as gerações futuras sobre este tenebroso período da nossa história”, afirma a nota.
Portugal “junta-se a todos aqueles que escolhem não esquecer” e evoca, “sem exceção, todas as vítimas do Holocausto: os judeus, os ciganos, os homossexuais, os opositores políticos, os doentes incuráveis e as pessoas com deficiência”.
“Mas também celebramos a coragem daqueles que escolheram fazer o que estava certo, independentemente das consequências. Aristides de Sousa Mendes, Alberto Teixeira Branquinho ou Carlos Sampaio Garrido, insignes diplomatas portugueses e exemplos de altruísmo que não podem ser esquecidos, nem tampouco o Padre Joaquim Carreira, cujo labor em prol das vítimas da perseguição Nazi levou ao seu recente reconhecimento como ‘Justo entre as Nações’”, refere também o Governo.
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