“Para a Galp, sendo a Petrobras um dos parceiros estratégicos não é indistinto estar ou não estar nas parcerias, mas com uma certeza, sempre, que acreditamos num projeto não deixaremos de avançar”, afirmou o presidente executivo da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva, à margem da cerimónia que assinala o 10.º aniversário em bolsa.
Até hoje, “não há nenhum projeto em que a Galp tenha investido e que a Petrobras não esteja”, realçou o gestor, questionado sobre a aprovação do projeto de lei que retira a obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração do petróleo do pré-sal.
Atualmente, a lei estabelece que a exploração deverá, necessariamente, contar com pelo menos 30% de participação da Petrobras. Com o argumento de que a empresa não tem condições de arcar com essa obrigatoriedade, o projeto põe fim e essa obrigação, tornando facultativa a decisão de participar dos consórcios de exploração desses campos.
À margem da cerimónia que assinala o 10.º aniversário da admissão da Galp Energia em bolsa, Carlos Gomes da Silva considerou esta alteração “positiva”, por o desenvolvimento do setor deixar de estar condicionado à capacidade de investimento da Petrobras.
“Acho que é positivo, porque, se a limitação do desenvolvimento estivesse ancorado só a um investidor, com as limitações que hoje temos – e a Petrobras também tem limitações importantes -, colocaria uma velocidade de desenvolvimento muito mais lenta”, declarou.
Carlos Gomes da Silva realçou que “o Brasil continua a ser dos lugares mais extraordinários em termos de qualidade dos ativos”, realçando que o mercado tem hoje novas oportunidades, quer por saída da Petrobras de alguns dos ativos quer por novas licitações que vão acontecer.
A 12 de outubro, a Galp Energia e Petrobras assinaram um memorando de entendimento para “expandir a cooperação entre as duas companhias e consolidar a sua aliança estratégica”.
O presidente da Galp Energia explicou hoje que o objetivo foi o de “ancorar e formalizar aquilo que é uma parceria de facto”, o que se vai traduzir “no desenvolvimento de novas oportunidades, seja no Brasil, seja fora do Brasil”.
“Apesar da concentração de ativos estar no Brasil, quando olhamos à volta do mundo, o Brasil continua a ser dos lugares mais extraordinários em termos de qualidade dos ativos”, acrescentou.
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