Segundo a organização, este prémio, que está integrado na Estratégia Europeia para a Deficiência, distingue “a cidade que tem conseguido melhorar de forma visível e sustentável a acessibilidade em aspetos essenciais da vida urbana e que tem planos concretos de continuar a melhorar”.
O seu objetivo, acrescenta, é “reconhecer e inspirar outras cidades, promovendo boas práticas entre as localidades europeias”, existindo este ano 43 candidatas.
A Comissão Europeia decidiu premiar a cidade inglesa de Chester, Roterdão (Holanda), Jurmala (Letónia), Skelleftea (Suécia), Alessandria (Itália) e Funchal (Portugal), por terem melhorado as acessibilidades para idosos e cidadãos com deficiência.
No caso do Funchal, foi reconhecido o compromisso da cidade na “continuação da acessibilidade num contexto geográfico difícil”.
Consideraram que “esta cidade insular, apesar do pesado terreno vulcânico, assegurou que todas as praias, locais turísticos, táxis, hotéis e espaços públicos sejam acessíveis, para que os moradores e visitantes com deficiência tenham as mesmas oportunidades que os outros para desfrutar as suas férias”.
“Este reconhecimento da Comissão Europeia é uma honra tremenda para o Funchal e para tudo o que temos feito em termos de acessibilidade e inclusão nos últimos três anos”, disse o presidente da Câmara do Funchal à agência Lusa.
Paulo Cafôfo destacou que a autarquia “tem feito um trabalho transversal e de fundo, em áreas tão distintas como o trânsito, o urbanismo, as infraestruturas e equipamentos e o turismo”, e que a prioridade estratégica foi tornar o Funchal “mais acessível e mais inclusivo”.
Este responsável apontou que “o Funchal quer ser um destino de excelência para o turismo inclusivo, a partir da premissa de que a boa oferta turística deve ser sempre resultado de um território sustentável para as nossas pessoas”.
O autarca realçou que “este caráter acessível do Funchal tem-se estruturado em diversos patamares, desde as medidas mais pequenas, tendentes ao dia-a-dia da cidade e à melhoria das nossas condições de vida”.
Deu como exemplos o rebaixamento de passeios, a generalização de rampas, as condições de acesso a edifícios culturais, a instalação de grelhas à volta das árvores e o aumento significativo de lugares de estacionamento para quem tem dificuldades motoras.
No que toca a “medidas mais simbólicas”, referiu a retirada generalizada das motas dos passeios, “que representavam autênticos obstáculos instalados para todos quantos quisessem circular em termos pedonais, em áreas reservadas para peões”.
Paulo Cafôfo realçou, como “caso emblemático”, a Praia Formosa “que continua a ser a única praia do país com acesso ao mar para deficientes motores e visuais”.
“Este é um prémio reservado às cidades que têm melhorado de forma visível a acessibilidade em aspetos essenciais da vida urbana e é isso que continuaremos empenhadamente a fazer, até tornar o Funchal na melhor cidade portuguesa para viver e visitar em 2020”, concluiu.
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