Desde que começou as suas observações por satélite, em 2003, o serviço europeu nunca tinha registado dados com a magnitude destes fogos “sem precedentes”, que são, de acordo com a organização, “centenas de vezes mais intensos” do que a média.
Os incêndios já libertaram para a atmosfera quantidades de carbono sem precedentes e o fumo, particularmente denso, atravessou todo o país e o Atlântico.
“O facto de estes fogos emitirem tanta poluição para a atmosfera que podemos observar finas camadas de fumo a 8.000 quilómetros de distância reflete o quanto são devastadores em tamanho e duração”, disse o cientista do Serviço de Monitorização da Atmosfera Copernicus, Mark Parrington.
A maior parte do fumo concentra-se, ainda assim, na costa oeste dos Estados Unidos, onde a qualidade do ar das grandes cidades do estado da Califórnia, como Los Angeles, São Francisco, Portland e Oregon, está atualmente entre as piores do mundo.
Mais de 17.000 bombeiros combatem as chamas desde meados de agosto, só na Califórnia, o estado mais afetado com cerca de 25 grandes ignições.
Os fogos na costa oeste americana já mataram, segundo a France-Presse, pelo menos 30 pessoas nos estados da Califórnia e do Oregon, que contabilizam mais de dois milhões de hectares de área ardida e onde dezenas de milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas casas, muitas delas destruídas pelas chamas.
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