“É credível uma quebra dos envios [de energia] da Rússia para a Europa”, apontou, apelando a que se tomem medidas para reduzir a dependência exterior e que se criem empregos internamente, ao mesmo tempo que combatem as alterações climáticas.
Num colóquio nos Encontros Económicos de Aix-en-Provence, um fórum que se reúne todos os anos naquela cidade no sudeste de França, Élisabeth Borne disse que “não se deve esconder a realidade”, entre notícias sobre a redução dos carregamentos de gás russo para vários países, como a Alemanha, e o receio de que seja cortado o fluxo do gasoduto Nord Stream 2.
A primeira-ministra da França avançou que o seu Governo vai, em breve, apresentar “um plano de sobriedade energética”, que visa mobilizar rapidamente toda a população para a redução do consumo, para a renovar casas mais antigas e para descarbonizar transportes e indústria.
“É uma oportunidade para fortalecer a nossa soberania e criar empregos no nosso território”, destacou.
No seu entender, permitirá ainda evitar “a vulnerabilidade” que se estima que venha a acontecer regularmente com “o aumento do preço do barril” e que afeta “o poder de compra de milhões” de pessoas.
A outra grande consequência do abandono dos combustíveis fósseis será a aceleração do combate às alterações climáticas.
“Queremos ser o primeiro país a abandonar os combustíveis fósseis”, concluiu.
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