O incêndio que deflagrou em Vila Verde da Raia teve origem em quatro focos distintos e é, até ao momento, o segundo maior do país em termos de área ardida em 2020.
O presidente da autarquia, Nuno Vaz, afirmou à agência Lusa que “arderam cerca de 2.700 hectares” e que se contabilizam prejuízos avultados “em termos ambientais e económicos”.
As chamas destruíram área florestal e atingiram “centenas” de videiras, de castanheiros, de colmeias, “uma dezena ou duas de animais”, “dois ou três” armazéns de apoio à atividade agrícola e ainda palhas e fenos.
O autarca disse que, pelos dados de que dispõe, o incêndio terá afetado “cerca de duas centenas” de agricultores.
Nuno Vaz adiantou que hoje se irá realizar uma reunião com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) para “dar conta dos danos e tentar encontrar um instrumento financeiro de apoio que possa mitigar e diminuir” os prejuízos dos agricultores.
O autarca lembrou que, em resultado dos incêndios de 2017 e 2019, o Ministério da Agricultura criou “uma linha de apoio às pequenas explorações agrícolas”.
“É isso que vamos exigir e vamos reclamar, no sentido de que exista um apoio financeiro, se necessário com recurso a fundos europeus, para que possam ser ressarcidos alguns dos danos destes agricultores, particularmente daqueles que ficaram incapacitados ou, pelo menos, com grande dificuldade, podendo com esta ajuda retomar a atividade agrícola”, salientou.
Nuno Vaz apontou que alguns produtores perderam para o fogo palhas e fenos, alimentação destinada aos animais (cabras, ovelha e vacas), e têm dificuldade em repor, no imediato, esses prejuízos.
O incêndio teve início na zona da aldeia transfronteiriça de Vila Verde da Raia e desenvolveu-se por Santo António de Monforte, Lamadarcos, Vila Frade, Mairos, Travancas e ainda tocou Paradela e Santo Estêvão.
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