“Estamos a observar uma tempestade sem precedentes [provocada] por uma crise de alimentação e nutrição, hiperinflação, perda de capital físico e humano e complexos problemas de endividamento na Venezuela”, disse o número dois do Fundo Monetário Internacional (FMI), David Lipton, através de uma publicação na sua página na rede social ‘Twitter’.
Para o responsável do FMI, não é comum observar-se “uma combinação tão severa” de problemas como os verificados na Venezuela, sendo, por isso, necessárias “lições da história, pensamento inovador, formulação flexível de políticas e um generoso apoio externo”.
A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.
Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
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