“O que se exige é parar o processo de encerramento de balcões e reverter esse processo, reabrindo particularmente um conjunto de balcões que desempenhavam um papel de proximidade com as populações”, refere a nota do PCP enviada às redações.
Na mesma nota, o partido comunista explica que o banco do Estado prepara o encerramento de mais 23 balcões em Portugal continental, “num processo que não é novo e levou já ao encerramento de mais de 300 Agências nos últimos 10 anos”.
Segundo o PCP, trata-se de um processo que é acompanhado por uma sistemática redução do número de trabalhadores - menos 3.300 nos últimos 10 anos - o que muito tem contribuído para as dificuldades de resposta de muitos balcões, e tem ainda contribuído, objetivamente, para a transferência para a banca privada de clientes e negócios”.
“Tudo isto num momento em que a CGD anuncia lucros de 486 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, valores que valem, apesar de tudo, menos do que aquilo que um Banco Público representa nos serviços estratégicos que garante à população e às empresas”, continua o documento.
De acordo com o PCP, o Estado precisa de “redefinir as orientações dadas à CGD, para que esta, através do seu próprio exemplo, dê um contributo decisivo para romper com as práticas de comissões abusivas que hoje proliferam no setor bancário”.
Segundo a nota, e face ao exposto, o PCP saúda a luta das populações e dos trabalhadores do setor por “uma banca ao serviço das necessidades do povo e do país”, e informa que irá chamar o ministro das Finanças à Assembleia da República para questionar as orientações do Governo para a CGD.
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) anunciou na sexta-feira que a administração da CGD pretendia “encerrar mais 23 agências em Portugal continental” neste mês, assinalando que se “desconhecem os motivos” para esta intenção, e que a vontade em “reduzir despesas” carrega a “desvalorização da capacidade da CGD enquanto banco público”, apontando que há “um inevitável congestionamento dos restantes balcões dessas áreas”.
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