O chefe para a área da saúde do Facebook, Kang-Xing Jin, anunciou que a rede social começará a remover publicações que incluam alegações falsas ou teorias de conspiração sobre o vírus que foram sinalizadas pelas autoridades de saúde.
A empresa explicou que se concentrará em publicações que desencorajem as pessoas de receber tratamento médico ou que fazem alegações potencialmente perigosas sobre curas.
O Facebook também limitará a propagação de publicações desmascaradas por verificadores de factos e enviará aos utilizadores que a partilhem uma notificação.
Os utilizadores que pesquisarem informações sobre o vírus no Facebook ou clicarem em determinadas ‘hashtags’ (etiquetas) relacionadas no Instagram receberão um ‘pop-up’ (alerta) a fornecer informações oficiais sobre o vírus.
Além disso, as informações sobre o surto também aparecerão no topo dos ‘feeds’ de notícias dos utilizadores do Facebook, com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde.
“Também bloquearemos ou restringiremos ‘hashtags’ usadas para espalhar informações erradas no Instagram e realizaremos análises proativas para encontrar e remover o máximo possível desse conteúdo”, escreveu Jin numa publicação.
“Nem todas essas etapas estão totalmente implementadas. Levará algum tempo para as implementar nas nossas plataformas”, explicou.
Desde o início do surto, várias informações falsas sobre o vírus circularam ‘online’. Entre estas, teorias de conspiração de que o vírus foi criado em laboratório e que as vacinas já foram fabricadas, exageros absurdos sobre o número de doentes e mortos e reivindicações potencialmente prejudiciais sobre curas falsas.
Outras empresas semelhantes anunciaram esforços para conter o fluxo de informações erradas sobre a doença.
Os usuários da rede social Twitter que pesquisam informações sobre o coronavírus agora recebem uma ligação para ‘sites’ dos centros de controlo e prevenção de doenças. Enquanto isso, o YouTube e o Google dizem que estão a promover informações oficiais sobre o vírus para o topo dos resultados das pesquisas.
O Google também anunciou que os utilizadores que pesquisem informações sobre o vírus verão um “Alerta SOS” na parte superior do ecrã, fornecendo ligações para as referências da Organização Mundial da Saúde sobre o surto.
A China elevou para 259 mortos e quase 12 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).
Todas as novas 46 mortes ocorreram em Hubei, a província central da China que é o foco do surto que começou em dezembro.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional.
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