De acordo com um comunicado militar, o eixo Salah al Din, que atravessa o enclave de norte a sul da Faixa de Gaza, permanecerá aberto durante sete horas, em vez de quatro, como nos dias anteriores, e será aberta uma nova rota costeira para evacuações.
O exército indica que “centenas de milhares” de habitantes de Gaza fugiram do norte de Gaza em busca de refúgio.
A nota de imprensa acrescenta que as Forças de Defesa de Israel decidiram também “uma pausa tática nas operações militares” de quatro horas no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, entre as 10:00 e as 14:00 locais (duas horas menos em Lisboa), para permitir a saída de civis.
O comunicado vem acompanhado de um mapa da Faixa de Gaza escrito em árabe no qual diz que a passagem permanecerá aberta hoje até as 16:00 locais (14:00 de Lisboa) e indica a área de Al Mawasi, no canto sudoeste do enclave palestino como um “lugar humanitário”.
O exército israelita também divulgou outro plano para os habitantes de Gaza que optarem por utilizar a nova rota de evacuação aberta ao longo da costa do Mediterrâneo.
“Pedimos, para sua segurança, que se junte às centenas de milhares de residentes que se mudaram para o sul nos últimos dias, incluindo algumas figuras importantes da comunicação social, pois queremos protegê-los”, afirma o exército israelita.
As Forças Armadas israelitas salientam que devido aos combates em curso na zona costeira, que tem sido controlada pelas suas tropas, os civis também podem deslocar-se àquela zona para utilizar a estrada costeira no seu movimento em direção ao sul.
“Pedimos que, para preservar a sua segurança, aproveitem este período de tempo disponível para se deslocarem para sul, porque a zona norte da Faixa de Gaza é uma zona de combates generalizados”, afirma o exército. O exército refere que sabe que o “Hamas está a tentar impedir o seu movimento” e, por isso, deu um número de telefone para os civis informarem os militares no caso de “membros do Hamas bloquearem o caminho”.
Israel exige há semanas que os civis deixem o norte do enclave, onde se concentram muitos dos seus ataques.
Após 35 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram já mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.
O Hamas é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.
Comentários