“Nós não queremos mais ‘Berardos’ em Portugal”, defendeu Paulo Rangel, num comício em Santa Maria da Feira (Aveiro), em que defendeu a importância da reforma da união bancária e da união económica e monetária na União Europeia.
Na sua intervenção, Paulo Rangel afirmou que personalidades como o comendador Joe Berardo existiram em Portugal “para que a Caixa Geral de Depósitos assaltasse o BCP, e a Caixa e o BCP ficassem nas mãos de gente próxima do Governo socialista de José Sócrates”.
“É que Berardo não caiu do céu, Joe Berardo não é uma invenção de si próprio. É uma invenção de uma conjuntura político-económica em que havia um governo que queria controlar a banca e o usou a ele”, acusou.
“Agora dizem que é um produto tóxico, mas quando foi instrumental para tomar conta do BCP, o produto não era tóxico. Estava muito bem e nessa altura estavam ministros que ainda hoje estão no Governo de António Costa”, acrescentou.
O Presidente da República e o primeiro-ministro comentaram hoje a prestação do empresário Joe Berardo na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos, com António Costa a considerar que Portugal está "seguramente chocado com o desplante" e disse esperar que o empresário pague "o que deve" ao banco público.
Num comício, que começou com uma hora de atraso, mas que encheu a plateia inferior do auditório do Europarque (com capacidade para cerca de 700 pessoas), Rangel voltou a reiterar a ambição de vencer as europeias de 26 de maio e fez um trocadilho com a sua vitória em 2009 ao então candidato do PS Vital Moreira.
“Tal como em 2009 ganhámos ao candidato Vital, agora em 2019 vamos ganhar ao candidato virtual”, afirmou, acusando o cabeça de lista do PS, Pedro Marques, de “precisar de António Costa em todas as iniciativas que faz”.
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