"[O manifesto do PS] fala de um plano de investimento quando usou zero euros de um plano de investimento [plano Juncker] que tinha à sua disposição nestes três anos e meio que já leva de Governo. Fala de um programa Garantia Criança como uma grande inovação de apoio à pobreza infantil e até ao incentivo à natalidade quando já estão disponibilizados e previstos para o próximo Quadro [de apoio] cinco mil e 900 milhões de euros, imagine-se, não com o nome Garantia Criança mas Garantia para a Infância", afirmou Paulo Rangel.
"Este mesmo candidato, este cabeça de lista [do PS, Pedro Marques] apresenta promessas de coisas que já existem e já estão cumpridas. As duas grandes novidades do manifesto do PS já estão aprovadas pelo Parlamento Europeu. Isto é grave, significa que não podemos dar credibilidade nem podemos ter confiança na voz que o PS escolheu para cabeça de lista às eleições europeias", acusou.
Perante cerca de 70 jovens militantes e simpatizantes da JSD, Paulo Rangel imputou ao candidato do PS um discurso demagógico e irresponsável: "Nós não andamos a falar sobre temas que não conhecemos. Agora é a minha vez de dizer, se Pedro Marques quer mesmo debater, tem de estudar, tem de começar a interessar-se pelos assuntos europeus, tem de debater os assuntos europeus com cuidado. Eu sei que ele não está habituado, mas isto não é o Governo nem é um debate em que se possa fazer apenas propaganda", sublinhou.
Paulo Rangel frisou que sábado "ficou claro que o PS continua a querer fugir aos debates", manifestando-se disposto a dar "réplica" e a não deixar os socialistas "sem resposta" às propostas que apresentaram no seu manifesto eleitoral às eleições europeias.
"Não vale a pena o cabeça de lista do PS vir com desculpas, com queixas e com queixinhas que no tom que têm chegam a ser infantis. Ou quer debater ou não quer debater", frisou Paulo Rangel.
Pedro Marques negou sábado que recuse debates antes das eleições de 26 de maio, mas alega que devem ter lugar "no tempo certo", quando os seus adversários tiverem propostas para apresentar.
O candidato socialista ao Parlamento Europeu falava no final da Comissão Nacional do PS, que aprovou apenas com um voto contra o manifesto político dos socialistas para as eleições europeias, depois de confrontado pelos jornalistas com a acusação do "número um" da lista do PSD para o Parlamento Europeu, Paulo Rangel, de que recusa debates a dois.
"Isso não é de todo verdade e, logo após a apresentação da minha candidatura, disponibilizei-me para debates no tempo certo, depois de todos os partidos, democraticamente, apresentarem as suas listas a partir de 15 de abril", justificou.
Comentários