No período oficial de campanha, esta foi a primeira vez que comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação apareceu ao lado do cabeça de lista Paulo Rangel, acompanhando a tradicional descida do Chiado.
“Estou aqui por uma grande convicção pessoal: temos o melhor candidato, a voz da Europa, que fala com todos os líderes e é a pessoa que em Portugal explica melhor a Europa”, afirmou, em declarações aos jornalistas antes de iniciar um percurso de cerca de 50 minutos entre o Largo do Chiado e o Terreiro do Paço.
Moedas considerou que “não há sequer comparação” entre o cabeça de lista do PSD e os das outras listas.
“Em termos de campanha, o que eu vi é que o PSD ganhou a campanha porque tem o melhor candidato”, defendeu.
Questionado por que razão não apareceu mais vezes ao lado do cabeça de lista, Moedas invocou a sua qualidade de comissário e as muitas viagens que tem de fazer pela Europa para justificar a ausência física.
“Nem sempre podemos dar uma ajuda física todos os dias, como sabem não vivo em Portugal, virei para Portugal muito em breve (…). Mas estive sempre presente, tanto no coração, como ao telefone, como na ajuda que pude dar na campanha”, afirmou.
Moedas rejeitou ainda que tenha elogiado o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista que foi aproveitada várias vezes pela campanha do PS, dizendo que foram “frases retiradas do contexto”.
“O que disse desde o início é que a proposta dos comissários era um ponto de partida. Agora é responsabilidade deste Governo conseguir negociar esta proposta”, afirmou.
Dizendo ter um “dever de colegialidade” para com os seus colegas comissários, Carlos Moedas admitiu que a proposta da Comissão relativa ao próximo quadro comunitário não será a que Portugal desejava.
“É este Governo que tem de ter ou não capacidade de fazer esta negociação, foi sempre o que dissemos e o que Paulo Rangel disse”, defendeu.
Questionado sobre como vê o apelo do primeiro-ministro a uma grande aliança progressista na Europa contra a direita conservadora, Moedas começou por excluir o PSD desse espaço.
“O PSD é um partido do centro, do centro-direita, o que muito me orgulha”, disse, referindo que as prioridades do PSD na Europa centram-se em temas como as alterações climáticas ou a criação de um programa europeu de luta contra o cancro.
“Outros na Europa estão em jogos políticos de como é que se vai passar todo o sistema de distribuição de pelouros”, acrescentou.
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