“Hoje Marques, Rangel e Melo, ou seja PS, PSD e CDS, passam a vida a falar dos candidatos novos e de candidatos velhos. De candidatos competentes e incompetentes, da minha lista que é melhor do que a tua. Fazem disso o principal motivo de diferenciação e estão a fazê-lo porque sabem que o que os distingue no plano das políticas que são essenciais para estruturar uma linha de rumo para a solução da vida do país é nada ou muito pouco”, afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista falava no almoço comemorativo do 98.º aniversário do partido, que aconteceu no Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, no Seixal, distrito de Setúbal, onde frisou que os candidatos de direita têm falado “caras e competências para fazer esquecer que a sua receita é a mesma”.
“Lembram-se daqueles desenhos para descobrir as diferenças? Façam um exercício e descubram quais as diferenças entre os partidos. A única que existe é que um é mais baixinho e outro mais alto”, referiu.
As eleições para o Parlamento Europeu estão marcadas para dia 26 de maio e, na visão de Jerónimo de Sousa, os portugueses devem escolher entre “andar para trás e voltar ao caminho que o PS, PSD e CDS impuseram nas últimas quatro décadas”, ou avançar com o PCP, através de uma “verdadeira política alternativa ao serviço do povo e do país”.
O líder comunista afirmou que Pedro Marques (PS), Paulo Rangel (PSD) e Nuno Melo (CDS) estão unidos nas privatizações das Parcerias Público-Privadas, na defesa da liberalização dos mercados ao serviço dos grandes interesses transacionais, na regressão dos direitos laborais e na defesa da União Bancária.
“Estão unidos na cobertura das decisões do BCE para concretizar, fazendo vista, quando não a participar ativamente na formação de um banco gigante ibérico como pretendem e que há pouco tempo levou o Banif e hoje preparam o terreno para levar o Novo Banco limpinho de dívidas que querem que os portugueses paguem e que PS, PSD e CDS alegremente aceitam”, frisou.
A este propósito, Jerónimo de Sousa sublinhou também que “os portugueses não podem contar com os partidos de direita “para conter os desmandos dos banqueiros”, até porque “já lá vão mais de 17 mil milhões”.
“É por tudo isto que nesta eleição para o Parlamento Europeu a questão não é saber quem melhor defende a União Europeia no País. Esse papel de submissão aos ditames da União Europeia tem sido desempenhado com consequências muito negativas para o país por PS, PSD e CDS. O que importa é ter na União Europeia, no Parlamento Europeu, quem defenda os interesses do povo e do país, ou seja, os deputados eleitos pela CDU”, defendeu.
O cabeça de lista da lista da CDU, João Ferreira, também discursou no almoço, afirmando que nas próximas eleições está na mão de cada um decidir se quer continuar com as políticas de direita ou optar por uma nova política patriótica e de esquerda, com a CDU.
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