O Conselho Nacional está marcado para as 21:00, num hotel de Coimbra, sendo precedido por reuniões, à tarde, da Comissão Permanente – núcleo duro da direção – e da Comissão Política Nacional.
Os estatutos do PSD determinam que compete ao Conselho Nacional “aprovar as propostas referentes ao apoio a uma candidatura a Presidente da República, à designação do candidato a primeiro-ministro e às listas de candidatura à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, apresentadas pela Comissão Política Nacional”.
O eurodeputado Paulo Rangel foi anunciado pelo presidente do PSD, Rui Rio, como cabeça de lista às europeias em 07 de fevereiro, no final de uma reunião da Comissão Política, repetindo o lugar que já tinha ocupado em 2009 e 2014.
Na segunda-feira, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter, Rui Rio anunciou que a presidente da Juventude do Partido Popular Europeu (YEPP), Lídia Pereira, de 27 anos, seria a sua proposta para número 2 da lista do PSD ao Parlamento Europeu.
“O futuro passa pelos jovens”, assinalou o presidente do PSD ao apontar o nome de Lídia Pereira, que tinha sido também a indicação da JSD para a lista de candidatos ao Parlamento Europeu.
Há cinco anos, o PSD concorreu às europeias em coligação com o CDS-PP e ficou em segundo lugar com 26,7% (7 eurodeputados, seis dos quais do PSD), atrás do Partido Socialista.
Os sociais-democratas eleitos em 2014 foram Paulo Rangel, Fernando Ruas, Sofia Ribeiro (candidata indicada pelos Açores), Carlos Coelho, Cláudia Aguiar (candidata indicada pela Madeira) e José Manuel Fernandes. O democrata-cristão Nuno Melo foi o quarto eleito na lista da coligação “Aliança Portugal”.
Se a Madeira, com regionais em setembro, deverá ter novamente assegurado um lugar elegível – o nome mais falado é a da já eurodeputada Cláudia Aguiar -, a maior polémica à volta da lista do PSD tem sido à volta da posição dos Açores, cuja candidata em 2014 foi em terceiro.
Desta vez, o PSD/Açores indicou o antigo presidente da Assembleia da República Mota Amaral para as listas ao Parlamento Europeu, que já garantiu que não será candidato “numa posição claramente não elegível”, como o oitavo lugar que lhe teria sido sugerido pela direção do partido.
O líder da estrutura regional, Alexandre Gaudêncio, prometeu marcar presença no Conselho Nacional de quarta-feira para "dizer que os Açores não abdicam de um lugar elegível" na lista a Bruxelas, "tal como acontece há mais de 30 anos".
Da agenda do Conselho Nacional, fazem parte ainda a “análise da situação política” e o “processo de revisão estatutária”.
No entanto, contactado pela Lusa, o secretário-geral do PSD, José Silvano, explicou que não deverão ser levadas a votos quaisquer propostas de revisão de estatutos na quarta-feira.
Os dois proponentes que ainda mantinham propostas de revisão de estatutos – António Rodrigues e Paulo Colaço – admitem que, neste momento, a sua discussão não é oportuna, aceitando remetê-las para a comissão alargado que atualmente debate o tema no PSD ou para um próximo Congresso.
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