Em declarações à agência Lusa, o diretor de campanha do BE para as eleições europeias de 26 de maio, o deputado e dirigente Jorge Costa, antecipou as principais linhas da corrida eleitoral que terá de novo como cabeça de lista a eurodeputada Marisa Matias e cujo slogan principal é “Lado a lado”.
“A campanha vai ser dedicada a explicar o papel que o Bloco teve nestes últimos anos de mandato, tanto na Europa como Portugal, porque ambos os mandatos estão ligados politicamente e no desempenho de cada um dos eleitos”, referiu, prometendo uma campanha de “grande proximidade e envolvência”.
Distinguir o BE dos outros partidos em relação ao posicionamento de Portugal perante “as instituições europeias, a sua influência e a sua arbitrariedade” será outro dos focos desta campanha, lembrando Jorge Costa que muitas das coisas mais importantes conseguidas nos últimos anos se deveram à desobediência em relação à Europa.
“A história da última legislatura vai estar muito patente na forma como os partidos apresentarão as suas propostas e o Bloco também vai estar presente na campanha, podendo ser avaliado por aquilo que escolheu fazer, um acordo para a legislatura, pelas consequências desse acordo e pela pertinência das suas propostas, inclusive daquelas que não foram acolhidas pelo Governo do PS e que teriam feito desta legislatura uma coisa bem diferente se tivessem sido”, atirou.
Para o diretor de campanha é claro que nas eleições europeias “já se vai fazer uma primeira avaliação da condução do BE tanto em termos nacionais como em termos europeus”, uma avaliação que é feita como muito mais informação do que antes existia já que resulta “de um confronto político mantido em novas condições ao longo desta legislatura”.
“Nesse balanço entre aquilo que foi feito com maioria à esquerda e o que deixou de ser feito porque se constituiu uma maioria à direita para impedir há um grande escrutínio, há uma muito maior compreensão e informação acerca do que o parlamento faz ou não faz e a maneira como cada um se portou ao longo deste tempo”, defendeu.
Conscientes do “instrumento importantíssimo” que são as redes sociais para a comunicação dos partidos, Jorge Costa rejeita “truques ou campanha suja”, defendendo a importância de todos as forças políticas se “comprometerem a não utilizar meios, recursos, técnicas de manipulação, criação de notícias falsas ou desinformação”.
“O BE criou um código de conduta para dizer o que é que faz e o que não faz numa campanha eleitoral em termos de comunicação em redes sociais”, sublinhou, esperando que todos os partidos assumam regras “claras e transparentes”.
Assim, nestas eleições europeias o BE assegura “uma relação transparente com o eleitorado e com os utilizadores das redes sociais”, prometendo que “fará uma campanha leal e verdadeira nos seus conteúdos”, sem recurso a perfis falsos ou falsas identidades.
Já sobre o slogan principal – “Lado a lado” – o diretor de campanha justifica esta escolha com o facto de o BE “ter aprendido a fazer a sua política num diálogo permanente com as pessoas”.
“É essa experiência que nós queremos trazer para a campanha porque é dela que se podem retirar grandes lições em termos do que deve ser a condução do país no quadro europeu”, adiantou.
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