“É muito importante participar nestas eleições europeias. Não sejamos ingénuos, há quem sonhe com uma má votação do PS nestas eleições europeias para enfraquecer o governo do PS e as políticas que temos vindo a seguir e que têm permitido ter mais emprego, menos desigualdades e mais crescimento económico”, disse António Costa, no encontro “A Tua Geração na Europa“, organizado pela Juventude Socialista, na Biblioteca José Saramago, em Leiria.
O também primeiro-ministro sublinhou que “é para combater a direita” que é necessário “dar força ao PS e ao governo nas eleições europeias para prosseguir estas políticas”.
António Costa destacou ainda que estas “são as eleições onde, pela primeira vez, vão votar os cidadãos que nasceram no século XXI”. Por isso, “não poderiam deixar de ser eleições do século XXI para o século XXI e para a geração do século XXI”.
“É para isso que temos que nos mobilizar e votar na lista do PS. Não é indiferente o que defendemos na Europa. Não é indiferente estarmos na Europa a defender a neutralidade carbónica em 2050 ou estar na direita na Europa simplesmente a propor a redução dos impostos sobre os combustíveis”, exemplificou o secretário-geral.
Esta mensagem tinha também sido passada momentos antes pelo cabeça-de-lista do PS às eleições europeias, Pedro Marques, que alertou que “não votar nas eleições europeias pode fazer a diferença para muito pior, como aconteceu aos jovens britânicos”.
“Os jovens britânicos, que eram profundamente apoiantes da permanência na União Europeia, escolheram não escolher. Muitos deles ficaram em casa e agora estamos metidos nesta situação”, afirmou referindo-se ao ‘Brexit’.
Segundo António Costa, “votar nuns ou noutros na Europa não é a mesma coisa” e “votar no PS é fazer a diferença e fazer a Europa justa, solidária, progressista, da liberdade e da democracia”.
A liberdade e democracia “não são dados adquiridos”, mas “defendem-se e constroem-se no dia a dia”.
“Neste momento, quando há um fortíssimo ataque aos valores democráticos fora da Europa, mas também no seio da Europa, temos que dizer que queremos dar continuidade ao combate que as outras gerações anteriores travaram para que possamos ser livres e viver em democracia”, destacou.
Para o secretário-geral do PS, é preciso mostrar que não é aceitável o “renascimento da xenofobia e a afirmação do racismo, seja relativamente aqueles que já nasceram na Europa ou aquelas que nas fronteiras da Europa procuram refúgio e solidariedade contra a guerra, violação dos direitos humanos ou catástrofes naturais”, acrescentou.
“Queremos uma Europa da liberdade e da democracia e que assenta na dignidade da pessoa humana, seja qual for a cor da pele, o credo ou o seu modo de vida”,
Recordando o papel que os estudantes e as greves por si lideradas tiveram no combate à ditadura, António Costa enalteceu a “grande greve estudantil da semana passada pelo clima”, considerando que “vai não só mudar o país”, como “a Europa e o mundo”.
“Esta juventude tem de estar consciente do enorme poder transformador que tem. O desafio das alterações climáticas é sem dúvida o maior desafio que a humanidade enfrenta. Como costuma dizer o João Pedro Matos Fernandes [ministro do Ambiente], não estamos aqui para salvar o planeta, mas para salvar a espécie humana”, acrescentou.
António Costa adiantou que quando lhe perguntam qual a maior marca dos três anos de governação responde: “termos voltado a aumentar, ano após ano o número de jovens portugueses que frequentam o ensino superior”.
“Quantos mais tiverem acesso ao ensino superior, melhor sociedade e recursos humanos teremos no futuro, e maior liberdade terão os jovens para serem cidadãos ativos e escolherem com maior liberdade o emprego e as oportunidades de emprego que podem ter no futuro”, enumerou.
Sobre as europeias, Pedro Marques acrescentou ainda que o desígnio do PS é que “a Europa volte a governar para as pessoas, para as classes médias e para os jovens europeus”.
À margem do encontro, António Costa confirmou que “já partiram de Moçambique os sete compatriotas que pediram para ser repatriados”.
“O secretário de Estado das Comunidades (Portuguesas) tem feito um levantamento exaustivo e um contacto exaustivo com toda a comunidade. Os meios que enviámos estão a começar a operar no terreno sob a direção das autoridades moçambicanas e todos aqueles que pediram para ser repatriados asseguramos o repatriamento e chegam logo, ao fim do dia”, acrescentou.
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