Os estados do Arizona, Novo México e Texas vão responder ao pedido feito, na semana passada, pelo Presidente norte-americano, que pretende enviar para a fronteira sul do país entre dois mil a quatro mil efetivos da Guarda Nacional dos Estados Unidos.
Os três governadores republicanos vão contribuir assim com cerca de metade dos efetivos militares pedidos por Trump.
Também o estado do Texas anunciou um aumento de 250 para mil agentes da Guarda Nacional, que vão patrulhar a fronteira.
Em entrevista à emissora de rádio KTSA de Santo António, o governador do Texas explicou que as unidades deslocadas para “estas zonas de perígo” irão com o equipamento necessário para realizar o melhor trabalho possível, incluindo armas.
Já o governador do Arizona, Doug Ducey, afirmou que um grupo de soldados está pronto a fornecer apoio às agências fronteiriças.
Segundo informações dadas pelo gabinete da governadora do Novo México, Susana Martinez, mais de 80 soldados serão enviados no final desta semana. Serão os primeiros, de 250 esperados.
Também o governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, propos na segunda-feira enviar alguns efetivos da Guarda para o Texas, para fim de ajudar a combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas ao longo da fronteira mexicana.
Cerca de dois mil quilómetros separam os dois estados republicanos.
O único estado da fronteira com o México que ainda não anunciou se vai enviar efetivos militares, para o patrulhamento da fronteira, foi a Califórnia.
O estado democrata tem criticado frequentemente as políticas da Administração Trump e tem resistido ao Presidente em questões como impostos e política sobre a marijuana, ao mesmo tempo que tem recusado ajudar os agentes federais a deter e deportar imigrantes ilegais.
Nos últimos meses, tem-se verificado um aumento acentuado nas detenções de pessoas sem documentos na área de fronteira com o México.
Em março, a patrulha da fronteira norte-americana deteve 50.308 imigrantes indocumentados, ou cerca de 13.000 mais do que em fevereiro (36.695), e mais do que o triplo em relação a março do ano passado.
Donald Trump indicou que pretende utilizar os militares na fronteira até que sejam concretizados progressos na construção de um muro na fronteira, proposta que tem sido adiada pelo Congresso.
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