Uma das maiores apoiantes no Congresso norte-americano do ex-Presidente Donald Trump, recandidato nas eleições de novembro, Greene leu em plenário uma longa lista de “transgressões” que imputou a Johnson, sendo ao mesmo tempo vaiada por vários legisladores.
A representante, eleita pelo estado da Geórgia, criticou a liderança de Johnson, que classificou como “patética, fraca e inaceitável”.
Mal Greene desencadeou a sua moção para destituir o presidente da câmara baixa do Congresso, o líder da maioria republicana, Steve Scalise, pediu uma votação para que fosse previamente submetida.
Como resultado, uma maioria esmagadora de 359 deputados manteve Johnson no cargo, contra apenas 43 que alinharam com a republicana.
É a segunda vez em poucos meses que os republicanos tentam destituir o presidente, emanado do seu próprio partido, num nível de turbulência política descrito pela agência Associated Press raramente visto na história dos Estados Unidos.
Enquanto Greene avançava, apesar da resistência de muitos republicanos ao mais alto nível, vários legisladores dirigiram-se a Johnson, dando-lhe palmadas nas costas e segurando-lhe o ombro em sinal de apoio.
“Precisamos de mãos firmes ao volante”, disse Johnson mais tarde, defendendo que “o país precisa desesperadamente de um Congresso funcional”.
A republicana da Geórgia prometeu que forçaria uma moção para destituir o presidente da Câmara dos Representantes se avançasse com a votação de um pacote de ajuda externa à Ucrânia, que foi aprovado por uma esmagadora maioria no final do mês passado e transformado em lei.
Nos últimos dias, o ímpeto de Greene parecia arrefecer, à medida que se reunia repetidamente com Johnson para uma tentar alcançar uma resolução.
Mike Johnson, representante do Louisiana, afirmou que estava disposto a correr riscos, acreditando que era importante para os Estados apoiarem a Ucrânia contra a invasão da Rússia e explicando que queria estar do “lado certo da história”.
“Eu só tenho de fazer meu trabalho todos os dias”, afirmou na segunda-feira.
Num movimento invulgar, o presidente da Câmara recebeu inclusive o apoio dos democratas, liderados por Hakeem Jeffries, de Nova Iorque, cuja equipa tinha dito que era altura de “virar a página” da turbulência do Partido Republicano, quase garantindo que o cargo de Johnson estava para já garantido.
Antes da votação, Trump disse nas redes sociais: “Eu absolutamente adoro Marjorie Taylor Greene”. Mas, ao mesmo tempo, referiu que os republicanos precisam lutar agora para derrotar os democratas nas eleições de novembro.
“Este não é o momento”, disse Trump, de destituir Johnson.
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