O Comando Militar Norte-Americano para África (AFRICOM) “realizou hoje um ataque aéreo nas proximidades de Galkayo”, 700 quilómetros a nordeste de Mogadíscio, revelou à agência AFP a porta-voz do Pentágono, Cindy King.
Este ataque teve como alvo os ‘jihadistas’ do Shebab e o resultado da operação está ainda a ser avaliado, acrescentou.
“As conclusões iniciais do comando são de que nenhum civil foi ferido ou morto por este ataque”, atirou.
Este é o primeiro ataque aéreo realizado pelo exército dos Estados Unidos na Somália desde 19 de janeiro, quando o AFRICOM anunciou que tinha matado três ‘jihadistas’ do Shebab em dois ataques.
Após tomar posse na Casa Branca no dia seguinte, Joe Biden limitou o uso de drones contra grupos ‘jihadistas’ fora dos ‘teatros de guerra’ onde os norte-americanos estão oficialmente envolvidos, revertendo uma política do seu antecessor, Donald Trump, que tinha dado carta branca aos militares em países como Somália ou Líbia.
Em março, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, tinha referido que qualquer ataque planeado contra grupos ‘jihadistas’ fora do Afeganistão, Síria e Iraque passava a ser submetido à Casa Branca antes de ser executado.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tinha desde o início do seu mandato, em 2016, diminuído o controlo que o antecessor, Barack Obama, exercia sobre as operações armadas, defendendo que confiava nos seus generais.
Desde então os ataques com recurso a drones multiplicaram-se, passando de 11 bombardeamentos na Somália, em 2015, para 64 em 2019 e 54 em 2020, segundo a organização Airwars.
Pouco antes da sua saída do poder, Trump ordenou a retirada de cerca de 700 soldados das forças especiais que tinham sido destacados para a Somália com o objetivo de treinar e aconselhar o exército daquele país.
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