O pedido de Washington solicita discussões com os 15 Estados-membros que compõem este órgão máximo da ONU (por ter a capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo) “sobre os últimos acontecimentos relacionados com o Irão e os recentes incidentes envolvendo petroleiros” estrangeiros, indicou uma fonte diplomática, citada pela agência noticiosa francesa France-Presse (AFP) que falou sob a condição de anonimato.
Segundo uma outra fonte diplomática, citada igualmente pela AFP, a reunião deve ser realizada na segunda-feira à tarde.
A tensão entre o Irão e os Estados Unidos voltou a aumentar na quinta-feira com o derrube de um drone (aparelho aéreo não-tripulado) norte-americano pelas forças iranianas, que levou Washington a preparar ataques aéreos retaliatórios, cancelados à última hora pelo Presidente Donald Trump.
O Irão alega que o drone de vigilância marítima RQ-4A Global Hawk estava em espaço aéreo iraniano e que foi alertado várias vezes antes de ser lançado um míssil contra ele.
A versão iraniana é contestada pelos Estados Unidos, que afirmam que o drone foi abatido no espaço aéreo internacional no estreito de Ormuz, onde na semana passada dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram alvo de ataques, atribuídos por Washington a Teerão, que nega qualquer responsabilidade nos incidentes.
O estreito de Ormuz, no Golfo de Omã, ao largo do Irão, é uma área considerada como vital para o tráfego mundial de petróleo.
Um mês antes destes recentes incidentes, outros quatro navios, incluindo três petroleiros, já tinham sido alvo de atos de sabotagem no mar de Omã, ao largo dos Emirados Árabes Unidos.
Ainda na quinta-feira, o Irão declarou que pretendia levar o caso do drone norte-americano “perante a ONU” para demonstrar que “os Estados Unidos mentem” e que Washington atacou a República Islâmica.
“Vamos levar esta nova agressão perante a ONU e mostrar que os Estados Unidos mentem quando dizem que o drone estava sobre águas internacionais”, escreveu, na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter.
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