“Entendo que não deve haver qualquer debate”, disse Pelosi, referindo não acreditar que “o presidente dos EUA se tenha comportado de maneira que alguém consiga associar a verdade, provas, estatísticas, factos”.
Durante a sua conferência de imprensa semanal, Pelosi acrescentou: “Não legitimaria um debate com ele [Trump], nem um debate em termos da Presidência dos EUA”, prevendo que o candidato republicano “provavelmente irá agir abaixo da dignidade da Presidência”.
Para corroborar a sua opinião, Pelosi recordou as “ações vergonhosas” de Trump durante os debates de 2016 com a então candidata pelos democratas, Hillary Clinton.
A congressista progressista referia-se às inúmeras interrupções que a ex-secretária de Estado sofreu durante os debates com Trump nas eleições presidenciais de 2016.
Pelosi asseverou que Trump não mudou o seu comportamento e previu que vá “subverter o que é suposto os debates serem” com o candidato democrata, Joe Biden.
A presidente da Câmara dos Representantes contrapôs que cada candidato apareça em cenários diferentes e responda a questões sobre o seu programa em conversa com cidadãos.
Biden não demorou a reagir e rejeitou a proposta de Pelosi: “Vou debater com Trump”, afirmou, durante uma entrevista à estação de televisão MSNBC.
“Vou ser o ‘fact checker’ [designação relativa à tarefa de confirmar afirmações] no cenário, enquanto debato com ele”, previu.
Biden, vice-presidente de Barack Obama, entre 2009 e 2017, que aceitou fazer três debates com Trump, explicou que lhe recomendaram que não debata com o seu adversário, a menos que alguém esteja a confirmar as palavras deste, dada a sua tendência para dizer mentiras, mas que recusou a recomendação.
“Olhe, penso que todas as pessoas sabem que esse homem tem uma tendência patológica a não dizer a verdade”, disse.
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