As imagens, a preto e branco, assim como algumas fotografias divulgadas pelo comando central das forças armadas norte-americanas, parecem mostrar a mina no navio japonês Kokuka Courageous, um dos dois petroleiros atacados na quinta-feira.
Um navio de patrulha dos Guardiães da Revolução, uma tropa de elite do Irão, aproxima-se do navio japonês e retira a mina, descreveu o porta-voz do comando central norte-americano, Bill Urban.
“Os EUA e a comunidade internacional estão prontos para defender os nossos interesses, incluindo a liberdade de navegação”, disse Urban, acrescentando que, embora os EUA “não tenham qualquer interesse em envolver-se num novo conflito no Médio Oriente”, Washington irá defender os seus interesses.
Dois petroleiros, um norueguês e um japonês, foram na quinta-feira alvo de um ataque no mar de Omã, em pleno Golfo Pérsico, uma região já sob tensão devido à crise entre os Estados Unidos e o Irão.
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou o Irão de ser “responsável” pelos ataques, mas o Governo do Irão rejeitou a acusação e condenou os incidentes “com a maior veemência possível”.
Segundo a agência oficial iraniana Irna, os ataques ocorreram a menos de 30 milhas náuticas da costa do Irão.
Entretanto, o proprietário do Kokuka Courageous disse que os seus marinheiros viram “objetos voadores” antes do ataque, sugerindo que o navio não terá sido danificado por minas.
O presidente da empresa, Yutaka Katada, não apresentou provas da sua alegação, que contradiz a versão norte-americana dos factos.
Katada também disse que a tripulação viu um navio iraniano nas proximidades, mas não especificou se isso foi antes ou depois dos ataques.
A região do Médio Oriente tem vivido no último mês uma escalada das tensões entre os EUA e o Irão.
Washington, que tem endurecido sistematicamente as sanções económicas e diplomáticas contra Teerão após sair de um acordo internacional de 2015 sobre o nuclear iraniano, multiplicou no início de maio as suas tropas no Médio Oriente, acusando o regime iraniano de preparar ataques “iminentes” contra interesses americanos.
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