Congratulando-se com o facto de 27 dos 193 membros das Nações Unidas terem condenado o ataque, a comitiva norte-americana na lamentou, em comunicado, “o silêncio do Conselho de Segurança da ONU”, nomeadamente de dois membros permanentes – a Rússia e a China – “que se opuseram à adoção de uma declaração”.
“Proibir o Conselho de Segurança de fazer uma declaração básica sobre a inviolabilidade das instalações diplomáticas e consulares põe, mais uma vez, em dúvida a credibilidade do Conselho”, refere o mesmo comunicado.
O respeito e proteção das instalações diplomáticas, regido pela Convenção de Viena de 1961, “não deviam ser [temas] controversos nem [ser preciso] coragem” para serem defendidos, sublinha os Estados Unidos.
“Como já demonstrámos, não toleraremos ataques a pessoas e instalações norte-americanas e responderemos de forma definitiva para proteger os nossos interesses, cidadãos e aliados”, conclui o comunicado.
Em 31 de dezembro, manifestantes iraquianos pró-iranianos atacaram a embaixada dos Estados Unidos em Bagdad em protesto contra ataques norte-americanos a posições da brigada do Hezbollah.
Essa fação foi acusada por Washington de ser responsável pelos bombardeamentos que mataram alguns dias antes um empreiteiro norte-americano numa base militar no norte do Iraque.
Após este ataque à embaixada, o Presidente dos Estados Unidos ordenou um ataque, realizado na sexta-feira, para matar o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds.
No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
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