“A Assembleia Nacional deve inspirar esperança […] de um futuro pacífico, próspero e democrático, mesmo quando o regime corrupto e autoritário de [Nicolás] Maduro e dos seus aliados tenta negar esse direito aos venezuelanos”, afirmou em comunicado o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Robert Palladino.
Militante do partido opositor Vontade Popular, Juan Guaidó, de 35 anos, assumiu no sábado a presidência do parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria.
No seu primeiro discurso, o mais jovem presidente do parlamento insistiu que a Assembleia Nacional não reconhecerá o novo mandato de Nicolás Maduro, que começa a 10 de janeiro.
“A presidência, a partir de 10 de janeiro, estará usurpada, porque estamos em ditadura, e recuperar a democracia não depende de uma lei ou de nomear alguém, depende de todos (…). Nicolás [Maduro], a 10 de janeiro, este parlamento não te ajuramentará”, disse.
Para Washington, que se fez representar na cerimónia com o adido de negócios da embaixada dos EUA em Caracas, James Story, a transição democrática no parlamento “é uma poderosa confirmação de que a unidade e o compromisso da Assembleia Nacional com o povo venezuelano vai além os interesses políticos e pessoais”.
“Os Estados Unidos apoiam a Assembleia Nacional e todos os atores democráticos na Venezuela no compromisso de defender a democracia, os direitos humanos e a Constituição de 1999″, acrescentou Palladino, na mesma nota.
Muitos governos não reconhecem o resultado das eleições antecipadas 20 de maio na Venezuela, em que Nicolás Maduro foi reeleito para um novo mandato presidencial.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião extraordinária “para analisar a situação” na Venezuela na próxima quinta-feira, no mesmo dia em que Maduro inicia um novo mandato até 2025.
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