Entre 1 de março e 19 de setembro, a taxa de letalidade (proporção de casos confirmados que resultaram em mortes) calculada para crianças em idade escolar nos Estados Unidos é de 0,018%, segundo este estudo dos Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças (CDC).
Os novos dados confirmam que a letalidade real da Covid-19 é extremamente baixa nesta faixa etária, em comparação com os adultos e especialmente os idosos.
Numa outra análise publicada no site em 10 de setembro, os CDC estimaram que, no cenário mais provável, as taxas de letalidade por faixa etária eram de 0,003% (0-19 anos), 0,02% (20-49 anos), 0,5% (50-69 anos) y 5,4% (70 anos e mais).
Entre crianças, existe uma diferença notável entre os maiores e os menores de 11 anos, segundo o estudo dos CDC: a incidência foi o dobro dos 12 aos 17 anos, em comparação com as crianças de 5 a 11 anos.
E o estudo confirma que as minorias são as mais atingidas nos Estados Unidos: 42% das crianças infectadas eram de origem latina, 32% branca e 17% negra.
De 277.000 casos, 3.249 foram hospitalizados, 404 precisaram de cuidados intensivos e 51 faleceram.
No geral, vários estudos nos Estados Unidos e em outros lugares provaram que as crianças são menos vulneráveis ao vírus do que os adultos, embora não sejam imunes.
Na edição da semana passada da revista Science, dois investigadores do Reino Unido afirmaram que as hospitalizações de crianças infectadas eram raras e que somente 1% das crianças que foram hospitalizadas faleceu, em comparação com 27% do restante da população em todas as faixas etárias.
O debate científico continua para compreender se os jovens se contaminam menos ou tanto quanto os adultos.
Na semana passada, uma análise que compilou 32 estudos sobre o tema e que foi publicada pela revista Jama Pediatrics concluiu que as crianças e adolescentes menores de 20 anos tinham de facto 44% menos chances de contrair a covid-19. A mesma análise, porém, não foi capaz de concluir se as crianças eram vetores maiores ou menores do que os adultos.
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