Donald Trump tem agendado para amanhã o primeiro ato público após ter testado positivo para covid-19, que terá lugar nos jardim da Casa Branca. Segundo informação avançada por um membro da administração americana, Trump vai falar sobre "lei e ordem" e vai manter distanciamento social do público que comparecer, prevendo-se que discurse a partir de uma varanda.
Na segunda-feira, Donald Trump vai organizar um comício na na Florida, informou também a sua equipa de campanha.
O evento na cidade de Sanford ocorrerá 12 dias depois do anúncio de que testou positivo à infeção por covid-19. O médico de Trump anunciou que a partir de sábado o presidente poderá retomar os eventos públicos de forma segura.
A 25 dias das eleições de 3 de novembro, Trump afirmou no programa de rádio de Rush Limbaugh que o tratamento experimental que recebeu (cocktail de anticorpos Regeneron) "é uma cura" para o novo coronavírus, e anunciou dois atos públicos, um neste sábado, em Washington, e outro na Flórida, na próxima segunda-feira.
O presidente afirmou que o tratamento "é melhor do que uma vacina" contra a doença, que já deixou mais de 212 mil mortos nos Estados Unidos. A saúde de Trump continua a levantar questões, apesar das afirmações dos seus médicos e das suas tentativas de abandonar a quarentena e retomar a campanha.
O estado de saúde de Trump gera ceticismo, visto que os médicos não publicaram dados importantes, incluindo uma explicação precisa de quando ele foi infectado e quando foi submetido ao último teste de coronavírus e deu negativo. Informações públicas, como o facto de que foi tratado com corticoide, sugerem que o quadro viral pode ter sido grave no início, levantando dúvidas sobre se precisaria ficar mais tempo em quarentena.
Somado a esta pressão está o ataque dos democratas no Congresso, depois de a Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, ter anunciado que pretende estabelecer uma comissão para inquirir sobre a capacidade de Trump de governar e se a 25ª Emenda deve ser aplicada.
A democrata Nancy Pelosi, líder da câmara, afirmou que o projeto "não diz respeito ao presidente Trump, que enfrentará o julgamento dos eleitores, mas mostra a necessidade de se criar um processo para os futuros presidentes".
Na entrevista a Rush Limbaugh, Trump sugeriu, pela primeira vez, que teria se aproximado da morte se não fosse o tratamento. "Graças a isso estou a falar consigo hoje", assinalou, após citar um amigo que morreu da doença.
O médico do presidente, Sean Conley, anunciou que Trump poderá retomar este sábado os compromissos públicos de forma segura.
'Avaliação médica' ao vivo
Trump passou três noites no hospital no último fim de semana devido à covid-19. Participou por telefone em programas da rede de TV Fox News, e estava previsto que participasse esta noite no programa noturno de Tucker Carlson. Segundo a emissora, será submetido a uma "avaliação médica" ao vivo, feita de forma remota pelo médico Marc Siegel, presença habitual na Fox News.
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