Os outros países que beneficiam da derrogação de seis meses são a Grécia, a Turquia e Taiwan, acrescentou Pompeo, que prometeu uma pressão “implacável” enquanto o Irão não der “uma volta de 180 graus” no seu comportamento “desestabilizador” no Médio Oriente.
“Se eles tentarem contornar as nossas sanções, continuaremos insistentemente a tomar medidas para perturbar a sua atividade. A pressão máxima exercida pelos Estados Unidos só irá aumentar a partir de agora, as empresas em todo o mundo devem compreender que acionaremos as sanções de maneira rigorosa”, acrescentou o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin, numa conferência de imprensa conjunta.
Washington restabeleceu hoje as últimas sanções levantadas ao abrigo do acordo de 2015 sobre o nuclear iraniano, do qual o Presidente norte-americano, Donald Trump, se retirou em maio após acusar Teerão de o violar.
Este segundo pacote sancionatório incide sobre os setores do petróleo e gás, que a administração norte-americana quer no futuro reduzir a zero.
O Presidente iraniano, Hassan Rohani, disse hoje que seu país “derrotará orgulhosamente” as sanções dos Estados Unidos, que descreveu como “ilegais, injustas e contrárias ao direito internacional”.
O Irão garante que tem cumprido com o acordo nuclear que estabeleceu com os Estados Unidos, no mandato de Barack Obama, e apela à Agência Internacional de Energia Atómica para confirmar o seu compromisso.
Mas o executivo de Donald Trump não se impressiona com estas palavras e a nova vaga de sanções segue uma outra, introduzida em agosto passado, que afetou o comércio de divisas, metais e o setor automóvel.
Com esta nova fase de sanções, os Estados Unidos esperam que todos os países reduzam a zero a importação de petróleo do Irão, o que é um duro golpe numa Economia que tem no setor energético uma base fundamental.
Em Washington, os opositores de Donald Trump acusam o Presidente de estar a ajudar os russos, já que eles serão os principais beneficiários destas sanções ao Irão, num momento em que os países árabes produtores de petróleo anunciaram que não vão aumentar as suas quotas de produção.
O Irão já tem vindo a reduzir as vendas de petróleo, com quebras de cerca de 800 mil barris diários, comparativamente aos números do início do corrente ano.
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