O porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, Marwa Amini, disse que outros quatro funcionários do órgão de comunicação social ficaram feridos no ataque.
Numa nota num sítio da Internet de uma filial do Estado Islâmico, a associação ‘jihadista’ referiu que o ataque foi contra um miniautocarro que transportava funcionários da Khurshid TV, descrevendo aquela entidade como “leal ao Governo infiel afegão”.
Tanto os talibãs como os jihadistas estão ativos no Afeganistão, mas tem sido o Estado Islâmico a reivindicar os atentados a civis, enquanto o movimento Talibã tem assumido a responsabilidade por alvos militares.
O Estado Islâmico tem estado cada vez mais ativo no Afeganistão depois de sofrer perdas no campo de batalha para o Governo e para os Estados Unidos da América, bem como para os talibãs.
O funcionário da Khurshid TV Mohammad Rafi Sediqi confirmou a morte de dois funcionários, acrescentando que dois dos feridos encontravam-se em estado crítico.
O atentado aconteceu após o fim de uma trégua que os talibãs e as forças de segurança nacionais afegãs alcançaram, por três dias, durante o feriado muçulmano – Eid al-Fitr (festa que marca o fim do mês de jejum do Ramadão), que terminou na terça-feira.
Na rede social Twitter, o porta-voz do Presidente afegão Sediq Sediqqi escreveu que o Governo condenou “veementemente o ataque hediondo e covarde à equipa da Khurshid TV em Cabul”.
O Afeganistão está entre os países mais perigosos do mundo para jornalistas.
O Comité de Segurança para Jornalistas Afegãos informou que cinco jornalistas foram mortos no ano passado, e, em 2018, 17 jornalistas e funcionários de órgãos de comunicação social foram mortos no Afeganistão, tendo sido relatados 121 casos de violência contra equipas de reportagem.
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