Esta quinta-feira discutiu-se o estado da nação no Parlamento. Como qualquer outro, resumiu-se a críticas da oposição ao atual Executivo, que defendeu-se com "bons" resultados económicos, durante três horas e meia.

No último ano de governação de António Costa registaram-se 13 demissões no Governo. Foi por aqui, e por outras polémicas, como a TAP e a subida do custo de vida em Portugal, que a oposição pegou para lançar duras críticas ao Executivo. O líder do Governo, por sua vez, apontou ao "sucesso" de uma recuperação que vem "desde 2015", quando chegou à cadeira do poder.

Logo na primeira intervenção, António Costa destacou que a economia portuguesa está “mais competitiva” e “diversificada”, considerando que o nosso país "não estagnou e nem entrou em recessão", dando como exemplo o facto de Portugal ter tido o terceiro maior crescimento da União Europeia durante o primeiro trimestre de 2023, reforçando que os resultados "não são um acaso, ou obra de uma mão invisível, mas sim consequência das boas políticas".

António Costa, porém, também deu a mão à palmatória e admite erros na sua governação. "Nem sempre conseguimos. Às vezes erramos. Mas nunca desistimos de encontrar soluções”, disse.

E foi por aqui que começaram os primeiros ataques da oposição.

O PSD, através de Joaquim Miranda Sarmento, pensou que António Costa fosse ao Parlamento e “reconhecesse graves problemas do país e uma incapacidade do Governo", que tem a “marca do empobrecimento”, acusando o Executivo de ter dado “pouco apoio" aos portugueses no que à questão da Habitação diz respeito e ao facto destes pagarem "cada vez mais impostos".

A completar pediu a Costa para "acordar do estado de negação".

O Chega e André Ventura foram mais longe no 'ataque'. De acordo com este, António Costa andou sempre muito "ocupado" entre "afazeres entre ver futebol e europeus”.

“Governo está como o SNS, absolutamente ligado à máquina vital que ainda o sustenta”, completou.

Já Rui Rocha, da Iniciativa Liberal descreveu António Costa como o "presidente do sindicato dos portugueses", tendo "falhado" neste cargo e ainda no controlo "da estabilidade e no combate à corrupção". Resumidamente, "falhou aos portugueses".

E foi também sobre os portugueses que pautou as críticas do PCP. A deputada Paula Santos falou em degradação dos serviços públicos e no desinvestimento, considerando que "a vida está mesmo pior mas para alguns isto nunca esteve tão bom".