Em declarações à agência Lusa a propósito do debate sobre o Estado da Nação, na sexta-feira na Assembleia da República, o deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, antecipou que vai procurar "tornar claro que aquilo que se está a passar em Portugal - e um pouco por todo o mundo - exige olhar com grande frieza e grande objetividade para a natureza dos problemas".
João Cotrim Figueiredo avisa que “a crise económica e social vai ser profunda, um pouco por todo o lado”, devendo as respostas “passar pela libertação da energia e da capacidade das pessoas para responder a esses problemas”.
“Estamos a entrar em território não mapeado, desconhecido para todos e precisamos de facto de conseguir experimentar alternativas de soluções e isso só vem em sociedades verdadeiramente dinâmicas, verdadeiramente livres e existem sobretudo em países que têm uma cultura democrática e um conjunto de políticas liberais”, aponta.
É isso mesmo que o deputado liberal “vai tentar explicar” no debate do Estado da Nação, ou seja, que Portugal está a entrar numa fase na qual precisa “sobretudo que as pessoas se sintam mais livres para experimentar novas soluções e novos caminhos para fazer face aos problemas, que eles também são novos”.
“Foi de facto um ano intenso e sobretudo um ano atípico porque para qualquer deputado o primeiro mandato e o primeiro ano do primeiro mandato deve ser sempre especial. Aqui nós entramos logo com um orçamento que estava, em ano de eleições, programado para dezembro, depois tivemos, a partir de março, a situação especial para todos da covid e tivemos, em termos partidários, uma mudança de liderança de dezembro”, resume, quando questionado sobre a primeira sessão legislativa da Iniciativa Liberal.
Fazendo “um balanço positivo” da primeira sessão legislativa do partido no parlamento, João Cotrim Figueiredo considera que os “dois principais objetivos foram cumpridos”.
“Um primeiro de ganhar o respeito das instituições com as quais temos de interagir, como um partido que é responsável, que é irreverente também, mas que cumpre as suas funções institucionais, trabalha muito e propõe coisas alternativas”, refere.
Um outro objetivo, de acordo com o liberal, passava por “começar a condicionar o debate mais ideológico”.
“Hoje não há dúvida para ninguém que quando há alternativas a serem consideradas, os polos em que essas alternativas se discutem é socialismo de um lado, liberalismo do outro”, defende.
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